Washington Reis: mais leitos no Moacyr do Carmo - DIVULGAÇÃO
Washington Reis: mais leitos no Moacyr do CarmoDIVULGAÇÃO
Por LUIZ ALMEIDA

Em janeiro de 2017, Washington Reis se deparava com grande desafio ao assumir a Prefeitura de Caxias. Na época, segundo cálculo do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), havia uma dívida de R$ 590 milhões com fornecedores e funcionalismo, sendo preciso contornar aquela situação e manter a máquina administrativa em operação. Passado pouco mais de um ano e meio à frente do Executivo, o prefeito ainda luta para zerar a dívida, que atualmente está na casa dos R$ 85 milhões. Porém, ele garante que o pior já está no passado e é hora de pensar no futuro. "Daqui seis meses eu vou pegar um caixão e sepultarei a crise de uma vez por todas", avisa Washington Reis, pela terceira vez no comando de Duque de Caxias.

O DIA: Ao assumir a prefeitura, o senhor encontrou a cidade em meio à grave crise. Como fez para enfrentar os problemas?

WASHINGTON REIS: Apesar da crise, conseguimos manter a administração mesmo com o pouco de recursos que tínhamos. Contamos ainda com parceria com os governos do estado e federal. Hoje, passado um ano e meio, ainda devemos R$ 87 milhões, mas a dívida era de R$ 590 milhões ao assumirmos, segundo o TCE-RJ. Pelo nosso cronograma, vamos zerar essa dívida com os servidores e fornecedores dentro de seis meses. Mesmo com a crise, tivemos várias realizações em diversos setores.   

Quais foram realizações?

Conseguimos pavimentar de mais de cem quilômetros de ruas e avenidas da cidade, fizemos obras de drenagem e implantamos iluminação com lâmpadas de LEDs. Na Educação, por exemplo, o primeiro passo foi conquistar o respeito e apoio dos professores e servidores. Eles estavam em greve, com salários atrasados em 120 dias. Espero colocar o salário deles em dia o quanto antes. Falta pouco, já que, hoje em dia, parte deles ainda está com atraso médio de 15 a 20 dias. Objetivo é colocar calendário em dia. Conseguimos também comprar 400 mil kits de uniformes (calça, bermuda, camisa, agasalho). E isso com recursos próprios. Estamos também reformando algumas unidades escolares, como no Santo Amaro e Montese, entre outras.

E teve a inauguração do Campus Duque de Caxias da UFRJ, correto?

Sim. Recentemente inauguramos o novo Campus Duque de Caxias/UFRJ Prof. Geraldo Cidade, uma obra da prefeitura, em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro, que oferece cursos de Biofísica, Biotecnologia, Nanotecnologia, Engenharia Física e Ciências Farmacêuticas. Em breve, a unidade vai ter curso de Medicina. 

A Saúde também passou por dificuldades? Quais melhorias a área recebeu? 

O Hospital Municipal Dr. Moacyr Rodrigues do Carmo, por exemplo, estava praticamente desmontado, sucateado. Trocamos todo o centro cirúrgico, reativamos mais 20 leitos de CTI. Estamos na fase final da construção de mais um andar, que terá 56 leitos. Inauguramos ainda na unidade o Centro de Saúde Auditiva. Houve também a inauguração do Hospital do Olho. Agora trabalhamos na finalização da Maternidade de Santa Cruz da Serra, prevista para ser entregue em seis meses, e na criação do Centro de Fisioterapia da Baixada, em Sarapuí. Uma novidade é que os hospitais Moacyr Rodrigues do Carmo e do Olho são equipados com teto com placas de energia fotovoltaica para diminuir os gastos com iluminação.

O que levou o senhor a utilizar esse sistema de captação de energia?

Ter a geração de energia limpa, aproveitando o espaço do telhado, é um grande ganho para as cidades e gera economia. Estamos investindo também na iluminação com lâmpadas de LEDs. Já são mais de 74 mil pontos na cidade com essas lâmpadas. O custo mensal é três vezes menor do que as lâmpadas convencionais. Além das ruas e avenidas da cidade, temos os trechos da BR-040 e do Arco Metropolitano com lâmpadas LEDs. Aliás, queremos municipalizar o Arco Metropolitano.

E como seria a municipalização?

Já pedi ao governador Luiz Fernando Pezão e pleiteei junto ao Ministério dos Transportes a municipalização do trecho do Arco Metropolitano que está dentro de Duque de Caxias. Quando eles derem o sinal verde, vamos assumir esse trecho, cuidando da iluminação, do policiamento, etc. O Arco era um sonho de mais de meio século e que precisa ser preservado.

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