Rio - A cidade de Niterói está próxima de dar início à restauração da Ilha da Boa Viagem. A prefeitura acaba de apresentar ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) um projeto para a recuperação do local. No programa, também estão previstas obras de contenção de encosta e drenagem.

Na Ilha da Boa Viagem ficam dois monumentos históricos de Niterói — a capela de Nossa Senhora da Boa Viagem e um fortim, ambos datados do século XVIII. Além deles, há ainda mais duas muralhas, sendo que uma delas remete a um pequeno castelo, que foram construídas durante a Segunda Guerra Mundial, na década de 1940.

O projeto de restauração da Ilha da Boa Viagem prevê a reforma da capela histórica, preservando, é claro, toda a estrutura original, mas criando também condições para facilitar a acessibilidade, além da construção de  banheiros para visitantes. Já o fortim terá sua estrutura devidamente recuperada.

No espaço que é conhecido como castelo, onde atualmente está o Grupo Escoteiro Gaviões do Mar, será restaurada a fachada, além da área interna passar por modernização. Conforme o projeto, o local também poderá ganhar cafeteria e um ambiente cultural para exposições.

De acordo com Axel Grael, secretário de Planejamento, Orçamento e Modernização da Gestão (Seplag), o projeto foi elaborado com base nas normativas do Iphan e a restauração terá caráter conservativo. "Vamos realizar a restauração da Ilha sem descaracterizar o patrimônio que se encontra ali. Nossa ideia é agregar a ilha à cidade trazendo de volta as visitações ao espaço, que tem uma vista privilegiada e muita história", garante.

Além da restauração, a prefeitura já tem licitada as obras de contenção de encostas e melhorias dos acessos da Ilha da Boa Viagem. Com investimento de cerca de R$ 1,4 milhão, o projeto prevê a inclusão do próprio bairro da Boa Viagem e as orlas de Icaraí até Gragoatá.

Petrópolis se prepara para as obras de restauração do Theatro D. Pedro, que vão começar até o fim deste ano. Orçada em pouco mais de R$ 1,6 milhões, a recuperação do principal espaço cultural da cidade prevê a revitalização da infraestrutura de todo o prédio histórico. Inaugurado em janeiro de 1933, o espaço tem atualmente 500 lugares, divididos em platéia, balcão e camarotes.

Vão ser recuperados o sistema de ar-condicionado e as instalações elétricas, e realizadas obras de adequação para facilitar a acessibilidade, além da implantação do sistema de prevenção e combate a incêndio e pânico, entre outras melhorias. 

"É uma maneira de fomentarmos a cultura em Petrópolis, que tem o Theatro D. Pedro como um dos seus principais palcos, por onde já passaram grandes nomes", destaca Marcelo Florencio, diretor do Instituto Municipal de Cultura e Esportes (IMCE).