Por aline.cavalcante

Esporte de elite, de gringo, de gente com dinheiro... talvez você pense assim quando se depara com modalidades como beisebol e o futebol americano. Mero engano! Além de já serem praticados no Brasil, eles têm ganhado cada vez mais adeptos, inclusive nas bandas de cá. Caxias, por exemplo, vai ser o primeiro município da Baixada a oferecer aulas gratuitas de beisebol.

De acordo com a Confederação Brasileira de Beisebol, são 35 mil praticantes e 40 equipes no país. E a modalidade já está desfilando seus tacos e luvas por aqui. O projeto é uma parceria da Prefeitura de Caxias com a Major League of Baseball (MLB), Confederação Brasileira de Beisebol e Softbol (CBBS) e a Associação para o Desenvolvimento do Beisebol (ADB).

Professores e alunos de Educação Física fizeram um curso de capacitação com o treinador norte-americano Jay Queen.

Professores e alunos de Educação Física receberam treinamentoEdson Taciano


"Nosso objetivo é abrir uma escolinha. E o primeiro passo é formar professores no município”, diz o subsecretário de Esporte e Lazer, Jorge Gonçalves da Silva.
A intenção é tornar a cidade uma referência no Rio. “Temos um terreno em vista para a construção de um campo de beisebol aqui, é um esporte que tem muito a crescer”, afirma Uilson Oliveira, da ADB.

No ano de Olimpíadas no Brasil, um esporte que sequer participa do evento caiu no gosto do público. O futebol americano tem crescido em audiência e em praticantes. Segundo dados do Ibope, durante o torneio Super Bowl 49, em 2015, mais de 500 mil pessoas assistiram a final do campeonato.

O Andorinhas é o único da região a jogar com uniforme completo como as equipes americanasDivulgação

A Confederação Brasileira de Futebol Americano (CBFA) afirma que o Torneio Touchdown, realizado no Brasil, tem 16 equipes de oito estados. Por aqui temos cinco times, mas só um deles, o Andorinhas Futebol Clube, de Magé, é federado pela Liga Fluminense de Futebol Americano (Liffa).

A equipe de Caxias, os Duques, tem mais de 40 jogadores e já até exporta talentos. Três atletas da casa jogam nos times do Flamengo e do Botafogo. “É como viver um sonho, você vê o futebol americano e se apaixona. Muitos até pagam mensalidades nos times para jogar e compram equipamentos do próprio bolso”, conta Kevin Antunes,21, que foi dos Duques para o Flamengo.

O Duques tem 40 integrantes e já exportou atletas para times grandesEdson Taciano


“Na Baixada temos cerca de 150 jogadores, é um esporte muito novo, mas com potencial para crescer e se tornar grande”, avalia Davi Souza, presidente da Liffa.

Os outros times são: os Reapers, de Belford Roxo, Titans, de Nova Iguaçu e os Spartans que fica em Nilópolis.

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