Por aline.cavalcante

Bola de gude, futebol, queimado, adedanha, pique-pega, esconde- esconde... Tão diversa quanto a quantidade de aplicativos de jogos eletrônicos disponíveis para download é a variedade de brincadeiras na rua para a garotada. Aqui na Baixada os tablets, smartphones e videogames ainda ficam de lado e as praças, quadras e ruas dos bairros convocam as crianças a sair de casa.

“Tenho videogame, mas mesmo assim gosto mesmo é de brincar na rua. Jogo bola e vejo meus amigos, é muito legal”, conta Paulo Gabriel Pedra, 11, que mora no bairro Olavo Bilac, em Duque de Caxias.

Em Duque de Caxias o menino Paulinho joga futebol com os amigos Edson Taciano

Para a psicóloga Luciane da Rocha, o comportamento das crianças hoje, com uso excessivo de eletrônicos, é prejudicial.

“Elas acabam se viciando. Mas a criança, mesmo a que é mais ligada em tecnologia, não resiste a uma brincadeira com amigos, principalmente se tiverem espaço. Elas precisam interagir com as outras crianças”, recomenda.

Fã do Neymar, Kauã da Silva, 10, não hesita para responder sua brincadeira preferida: futebol. “Se pudesse brincava o dia todo, mas tenho que ir para escola também. Quero ser policial quando crescer”, afirma o menino, que mora em Belford Roxo.

E quem pensa que futebol só é coisa de menino está por fora. Ketlen Camile, 13, tem o posto de goleira garantido. “Fico no gol, mas esconde-esconde é o que eu mais gosto”, conta.

‘Queimado’é umas das preferidas da garotada de Belford RoxoEdson Taciano

Mas existem normas para poder se divertir. Antes de sair de casa, as crianças têm que estar em dia com as atividades escolares. “Ele só brinca quando termina seus deveres e oriento para tomar cuidado com os carros e com estranhos”, diz Marcia Pedra, mãe de Paulo Gabriel. 

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