Por cadu.bruno

Rio - Uma parceria entre as polícias Militar e Civil, representantes de moradores e poder público de Volta Redonda, no Sul Fluminense, está resultando na redução de um problema que há décadas persistia no município: os transtornos provocados por badernas e excesso de barulho em vias pública, estabelecimentos comerciais e repúblicas estudantis, a qualquer hora do dia ou da noite.

Badernas e excesso de barulho em vias públicas tem causado problema em Volta RedondaDivulgação

As conquistas de uma força tarefa instituídas pelos órgãos, serão debatidas e comemoradas nesta segunda-feira, durante reunião na sede do 28º BPMM (Volta Redonda), onde o Conselho Comunitário de Segurança Pública da cidade fará, às 15h, uma homenagem aos 208 anos da PM.

“A atuação dos nossos dez conselheiros tem sido fundamental para a conscientização da importância da interação entre autoridades policiais e líderes comunitários, na busca de soluções para problemas em comum no município. Juntos, temos analisado caso a caso, proposto e acompanhado saídas pacíficas para diversos tipos de crimes, e aumentando a segurança em geral”, afirma a presidente do Conselho Comunitário, Rosane Soares Pereira.

Graças às ações conjuntas em Volta Redonda, por exemplo, festas em repúblicas, como as do bairro Jardim Amália 1, que aterrorizavam a vizinhança, estão sendo extintas, assim como bailes ao ar livre e em postos de combustíveis. A Guarda Municipal, o Instituto Estadual do Ambiente (INEA), e entidades de defesa da criança e do adolescente, entre elas a Coordenadoria da Juventude e de Prevenção às Drogas, Conselho Tutelar e Conselho Comunitário de Segurança Pública, também fazer parte da parceria inédita.

“Nosso entendimento é que os jovens, principalmente, têm todo o direito de se divertir. É necessário apenas estabelecer limites, até mesmo para que os próprios frequentadores desses bailes ao ar livre, por exemplo, também não prejudiquem sua saúde", reafirma Rosane. “Graças a Deus estamos nos livrando dos abusos que vinham sendo cometidos aqui no Jardim Amália 1”, afirma Maristela Benjamim Constança, de 44 anos, que mora na Rua Almirante Barroso, onde existe uma república universitária.

Repúblicas estudantis de Volta Redonda%2C assim como alguns estabelecimentos comerciais%2C chegaram a virar casos de políciaDivulgação

“Nos livramos de um pesadelo que nos atormentava há três anos anos”, completou Alexandro Morinab Jr., 57, residente na Rua 12, na Vila Santa Cecília, onde um posto de combustível servia de base para a realização de bailes funk, em volume altíssimo, sempre acompanhado de brigas, gritarias e pegas entre carros.

INQUÉRITO NA POLÍCIA

As repúblicas estudantis de Volta Redonda, assim como alguns estabelecimentos comerciais, chegaram a virar casos de polícia. A 93ª DP (Volta Redonda) abriu inquérito para apurar denúncias de que alguns estabelecimentos estariam funcionando como pontos de tráfico de drogas em bairros nobres, além das constantes festas com volumes altíssimos de som durante as madrugadas.

Nove estudantes, a maioria do curso de Medicina, passaram a ser investigados em inquérito da 93ª DP, que apura o tráfico na cidade. Em março, os noves suspeitos chegaram a ser detidos e conduzidos à delegacia, onde prestaram depoimentos. Em suas repúblicas, foram apreendidas trouxinhas de maconha, balanças de precisão, narguilé (espécie de cachimbo de origem oriental) e outros tipos de cachimbos.

Você pode gostar