Ano de XangôDivulgação
Por O Dia
Publicado 31/12/2019 00:00

Dezembro, mês de festas e verão. O fim de ano carioca é repleto de ziquiziras, principalmente quando se trata de morar nos subúrbios. Não digo pelo local, mas por tudo o que se precisa passar por morar aqui.

Se os problemas fossem só as piadas do "como você vai romper o 'anos' novo?" e as expectativas para ver a Mangueira entrar, estava muito bom.

O problema é que nas redes sociais começam os ataques histéricos dos moradores das orlas da cidade em relação ao suburbano. Sugiro que antes de querer mais uma vez levantar seus muros de preconceitos, estejam em dia com o IPTU ou ao menos o condomínio. E mesmo assim, saibam: impostos não te dão direito sobre a orla.

Particularmente, prefiro montar a churrasqueira improvisada com tijolos no quintal e deitar a carne que o dinheiro permitiu comprar sobre a grelha. Entre fogos de artifício e tiros traçantes, abrimos nosso espumante, abraçamos o vizinho e jogamos os ossos de asinha de frango pro cachorro, sem dor de cabeça, no conforto do lar. O problema é calor? Chuveirão improvisado.

Fecho o ano enquanto colunista desejando que o próximo ano - que é eleitoral - seja de reflexão entre os cariocas suburbanos, para que escolham quem tenha real projeto político que contemple quem mora por aqui. Afinal, somos a maioria da população, e a cada gestão é uma aflição: os subúrbios vão sendo varridos para longe da ideia do projeto Cidade Maravilhosa.

Esses são meus votos para o próximo ano: uma cidade para que principalmente cariocas suburbanos voltem a sonhar e a ter esperanças, tendo direito incondicional a sua cidade.

Vale o título?
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Ano de Xangô
No último ano da gestão de Marcelo Crivella dizem por aí que a regência é de Xangô, o Orixá yorubá que, no Brasil, representa a Justiça. Contam as histórias que chegaram às Américas que o então rei de Oyó cuspia fogo, uma clara ilustração de suas palavras autoritárias e objetivas. De fato, ele existiu. Oyó foi um dos maiores impérios da África atlântica, abaixo do deserto do Saara. Estava estabelecido onde hoje é a Nigéria.
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E se Xangô no Brasil representa a Justiça, que as causas sejam dadas em prol das vítimas de projetos de poder enganosos e demagógicos, como aconteceu com os profissionais da Saúde do Rio.

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