Calçadão de Campo Grande com ronda da PM - Arquivo pessoal
Calçadão de Campo Grande com ronda da PMArquivo pessoal
Por O Dia

Rio - Abre comércio, fecha comércio. Abre comércio, fecha comércio. Qual é a decisão, afinal? Semana passada, rolou pela internet o papo de que a prefeitura do Rio reabriria totalmente as atividades econômicas da cidade a partir do primeiro dia de junho. E na mesma semana, na conta oficial do Twitter, a prefeitura disse que era fake news. Afinal, depois da reunião com o senhor presidente, Crivella aprendeu a usar sua tática, a de jogar a ideia pro público e, dependendo da repercussão, seguir em frente ou recuar?

É tempo de pensarmos na projeção do Painel Rio Covid-19, que mostra que nesta mesma primeira semana de junho chegaremos aos 45 mil casos confirmados da doença. E, claro, os subúrbios têm tudo para serem as áreas mais afetadas, já que, até o fechamento desse texto, cerca de 45% dos casos da cidade são nas áreas suburbanas; Campo Grande é o bairro suburbano com o maior número de óbitos.

Apesar dos rumores de reabertura, há ainda os bloqueios em 13 bairros, dentre eles Campo Grande, Bangu, Méier e Madureira. E nos municípios do entorno, Duque de Caxias e Niterói já afrouxaram o isolamento.

E aí, cariocas? Abre ou não abre? Devemos retornar à normalidade, mesmo com a denúncia de uma médica do hospital de campanha do Maracanã, que pediu demissão logo no primeiro dia por falta de infraestrutura? Devemos seguir a vida normal somente tomando os cuidados recomendados? Há risco de uma nova onda de contaminação em caso de reabertura total?

Perguntas difíceis de responder. A bem da verdade, nos subúrbios, a vida não parou. Nas orlas, a vida da elite não parou. A vida só parou mesmo para as famílias das mais de 4 mil vítimas cariocas do vírus.

 

Ainda sobre Duque de Caxias…
Publicidade
O município liderado por Washington Reis (MDB) reabriu. As exigências para o funcionamento é que os estabelecimentos exijam que clientes usem máscaras e que forneçam material de proteção para funcionários. Mas vamos lembrar de uma coisa aqui: o prefeito caxiense soltou uma das pérolas da pandemia, quando ao tentar agradar alguns setores da população, disse que não fecharia igrejas, pois a cura viria de lá. Resultado: contraiu o vírus, mas não foi pra uma igreja; se dirigiu a um hospital da Zona Sul da capital, onde ficou 13 dias internado.
Publicidade
... e Niterói
A gestão de Rodrigo Neves (PDT) deu uma aula: foi a primeira cidade a decretar o "tranca-rua", multando em R$ 180 quem tentasse burlar a determinação. Imagens das equipes de limpeza da prefeitura lavando as ruas da cidade circularam pela internet ao longo desses meses, fazendo até uma referência ao samba-enredo da Viradouro, campeã do Carnaval 2020 ("Ó mãe, ensaboa, mãe..."). No dia 23 de abril, após o prefeito da Cidade Sorriso mostrar a situação dos hospitais municipais, a Vice Brasil o descreveu como "puto pra caralho" com a situação. Nesta segunda (25), começou a liberar algumas atividades.
Publicidade
Você pode gostar
Comentários