Por MARCELO BERTOLDO

É para todos ficarem à vontade. De domingo a domingo, a 'Mesa Solidária' da Rua Alzira Vargas, número 2.339, no bairro do Pacheco, está sempre posta, entre 9h30 e 18h30. Em frente à casa da artesã Marla Moroni, de 31 anos, o acesso é livre para quem queira doar ou precise de algum mantimento. Em tempos de coronavírus, a solidariedade foi a semente que um grupo de amigas de São Gonçalo, do qual faz parte, plantou para minimizar o impacto da pandemia na vida dos gonçalenses em dificuldade.

"A gente consegue mudar o mundo com pequenas atitudes. Acho que essa é uma lição que poderá ser deixada após a pandemia. A mesinha de doações começou bem pequena e tomou uma grande proporção. As pessoas podem achar que não estão fazendo muito, mas toda boa ação pode fazer a diferença. É o que digo para os meus filhos", conta Marla.

Inspirada pela ideia das amigas Dayanne Carvalho Lopes, Fernanda Araújo e Emanuella Godinho, que vive nos Estados Unidos, que deram o pontapé inicial no bairro Lagoinha, Marla foi surpreendida pela resposta imediata. As doações não param de chegar desde o dia 6. A regra é simples: quem tem, põe; quem não tem, tira. Devido ao grande volume de donativos, Marla e o marido, Paulo Ribeiro, improvisaram uma mesa extra com uma porta de armário.

"Tivemos um pouco de receio no início. Nos questionamos se as pessoas doariam e se teriam a consciência de pegar o que realmente precisam. No primeiro dia chegaram algumas doações. No segundo, choveu e, mesmo assim, apareceu gente. A resposta foi quase que imediata, com grande repercussão. É gratificante ver que a ação está ajudando as pessoas que estão passando fome", disse Marla.

Pelas redes sociais, a artesã tem divulgado informações e tentando atender aos pedidos de doações de fraldas para crianças e idosos. Com o ateliê fechado por conta da pandemia, vê como alento a chegada de doações não só de alimentos, mas também de máscaras, produtos de higiene pessoal, fraldas, roupas e brinquedos: "Ficamos tristes pela situação difícil que muitos estão passando. Ao mesmo tempo, felizes em poder ajudar".

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