O artista volta à terra natal após rodar o mundo com exposições em países como Itália, França, Egito, Angola, Chile, Argentina, Holanda e AlemanhaDivulgação/Luiz Carvalho
Por Irma Lasmar
SÃO GONÇALO - Sob os olhares atentos e curiosos de quem passa pela Praça Luiz Palmier, no Centro, o renomado grafiteiro gonçalense Marcelo Eco começou a estampar nesta semana a coluna de aço de 140m² imponente no espaço. O monumento está recebendo imagens gráficas emblemáticas da cidade.
Batizada de Memórias, a obra retrata, de forma abstrata, imagens históricas da cidade, como os índios Tamoios (que habitavam essas terras antes da chegada dos portugueses e franceses), o antigo cinema existente nesta praça (o primeiro da cidade), o trabalho do francês Paul Landowsky na confecção da cabeça da estátua do Cristo Redentor no bairro Barro Vermelho e a realização da segunda corrida automobilística do Brasil em 1909.
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"Poucos sabem que São Gonçalo ostenta o título de berço do grafite no estado do Rio. Sinto muito orgulho de fazer parte dessa história e também em poder retribuir com minha arte para esta cidade que me deu tudo, principalmente a formação como ser humano e cidadão. Estou muito feliz, com sensação de pertencimento a este lugar", conta Eco.
Nascido em São Gonçalo e residente na cidade até os 25 anos, o artista volta à sua terra, após rodar o mundo com exposições em diversos países, como Itália, França, Egito, Angola, Chile, Argentina, Holanda e Alemanha. Com estilo marcante e tendo o universo urbano como inspiração, o renomado grafiteiro ainda vai realizar mais uma obra na cidade: na Casa das Artes Villa Real, no Zé Garoto, com uma arte abstrata "linkando" as quatro grandes obras realizadas na cidade.
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Sua primeira criação desta série desenvolvida na cidade foi instalada no Centro de Convivência Socioambiental da Mata Atlântica, localizado na Área de Proteção Ambiental Estâncias de Pendotiba, em Maria Paula, onde o artista trouxe para os gonçalenses sua obra Eco X Ego no início deste mês. A segunda, intitulada Raiz Forte, tomou forma em uma grande parede de 18 metros de altura por 14 de largura, em uma imagem minimalista e abstrata na fachada do Teatro Municipal George Savalla Gomes – Palhaço Carequinha.