Publicado 01/07/2021 17:58 | Atualizado 03/07/2021 10:07
Existem mais de 360 milhões de pessoas com deficiência auditiva hoje no mundo. No Brasil, são mais de 10 milhões com algum comprometimento na audição, sendo 2,7 milhões deles totalmente surdos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a estimativa é de que 900 milhões de pessoas da população mundial desenvolvam algum nível de surdez até 2050. A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, adotada pela ONU em 13 de dezembro de 2006 durante reunião da Assembleia Geral para comemorar o Dia Internacional dos Direitos Humanos, preconiza a facilitação do aprendizado da língua de sinais e promoção da identidade linguística da comunidade surda.
Pensando nesta imensa demanda e suas necessidades socioculturais, Silvana Matos Uhmann, professora de Libras e Educação Inclusiva na Universidade Federal Fluminense (UFF), em parceria com um grupo de alunos, organizou e acaba de lançar o e-book gratuito Histórias, Surdos e Protagonismo. São 167 páginas, com histórias originais e algumas clássicas (adaptadas), que visam a contribuir na promoção da cultura e do protagonismo surdo e nas discussões sobre inclusão e diferença. O desenho da capa é do quadrinista e desenhista Rony Braga.
O livro on-line grátis pode ser solicitado pelo e-mail lucianalage@id.uff.br. A ideia é distribuir a produção gratuita para famílias, instituições educativas, ouvintes e surdos, aproveitando as abordagens de ensino remoto, EAD e híbrido e o aumento da leitura digital em tempos pandêmicos. Também é possível a aquisição da versão impressa (colorida ou preta e branca) pela plataforma PerSe.
"Em nosso país, desde 2002 a Língua Brasileira de Sinais é reconhecida como a segunda língua oficial, mas sua difusão precisa ser melhor ampliada para que o silenciamento de direitos dos cidadãos surdos diminua e eles tenham mais destaque, autonomia e liberdade. Se estudamos e valorizamos línguas estrangeiras, por que não haver mais incentivo e presença do aprendizado da língua de sinais, em paralelo ao ensino do idioma falado no caso dos ouvintes?", questiona a autora.
Protagonismo nas telas
Um dos destaques do Oscar 2021, vencedor na categoria Melhor Som, o filme O Som do Silêncio conta a trajetória de um baterista de heavy metal que fica surdo e tem de se adaptar à nova realidade. Já a Netflix disponibiliza Crisálida, 1ª produção de ficção bilíngue brasileira, contada tanto em português quanto em Libras, abordando a diversidade e a experiência da cultura surda no sul do país. E no YouTube o público encontra o curta-metragem de animação Tamara, com a história de uma menina surda que sonha em ser bailarina.
Políticas recentes
Em tramitação na Câmara Municipal de São Paulo, o Projeto de Lei 161/2019, do vereador Professor Toninho Vespoli (PSOL), pede que órgãos e entidades da administração pública direta e indireta, além de empresas concessionárias de serviços públicos, disponibilizem tradutores ou intérpretes de Libras para garantir atendimento às pessoas surdas.
A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência e Mobilidade Reduzida da Câmara Municipal de Natal aprovou, durante uma reunião virtual em 14 de junho de 2021, um Projeto de Resolução de autoria da vereadora Júlia Arruda (PCdoB), que estabelece a obrigatoriedade da participação de tradutor e intérprete de Libras nas sessões e reuniões virtuais transmitidas pela TV Câmara da capital potiguar.
O livro on-line grátis pode ser solicitado pelo e-mail lucianalage@id.uff.br. A ideia é distribuir a produção gratuita para famílias, instituições educativas, ouvintes e surdos, aproveitando as abordagens de ensino remoto, EAD e híbrido e o aumento da leitura digital em tempos pandêmicos. Também é possível a aquisição da versão impressa (colorida ou preta e branca) pela plataforma PerSe.
"Em nosso país, desde 2002 a Língua Brasileira de Sinais é reconhecida como a segunda língua oficial, mas sua difusão precisa ser melhor ampliada para que o silenciamento de direitos dos cidadãos surdos diminua e eles tenham mais destaque, autonomia e liberdade. Se estudamos e valorizamos línguas estrangeiras, por que não haver mais incentivo e presença do aprendizado da língua de sinais, em paralelo ao ensino do idioma falado no caso dos ouvintes?", questiona a autora.
Protagonismo nas telas
Um dos destaques do Oscar 2021, vencedor na categoria Melhor Som, o filme O Som do Silêncio conta a trajetória de um baterista de heavy metal que fica surdo e tem de se adaptar à nova realidade. Já a Netflix disponibiliza Crisálida, 1ª produção de ficção bilíngue brasileira, contada tanto em português quanto em Libras, abordando a diversidade e a experiência da cultura surda no sul do país. E no YouTube o público encontra o curta-metragem de animação Tamara, com a história de uma menina surda que sonha em ser bailarina.
Políticas recentes
Em tramitação na Câmara Municipal de São Paulo, o Projeto de Lei 161/2019, do vereador Professor Toninho Vespoli (PSOL), pede que órgãos e entidades da administração pública direta e indireta, além de empresas concessionárias de serviços públicos, disponibilizem tradutores ou intérpretes de Libras para garantir atendimento às pessoas surdas.
A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência e Mobilidade Reduzida da Câmara Municipal de Natal aprovou, durante uma reunião virtual em 14 de junho de 2021, um Projeto de Resolução de autoria da vereadora Júlia Arruda (PCdoB), que estabelece a obrigatoriedade da participação de tradutor e intérprete de Libras nas sessões e reuniões virtuais transmitidas pela TV Câmara da capital potiguar.
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