O evento vai procura diminuir as sequelas dos sobreviventes da Covid-19, e também o quadro de intolerância religiosa, racismo e principalmente violência contra a mulher.Divulgação
Publicado 05/10/2021 21:34 | Atualizado 05/10/2021 21:35
O grupo Matriarcado Ancestral do Brasil, vai fazer no próximo dia 10, no Centro Cultural Joaquim Lavoura, em São Gonçalo, mais uma edição do projeto Afrikerança. O evento vai procura diminuir as sequelas dos sobreviventes da Covid-19, e também o quadro de intolerância religiosa, racismo e principalmente violência contra a mulher. Segundo informações a programação é entre às 10h às 18h,e os frequentadores terão um dia cheio de cultura, artes e significados, com culto inter-religioso com padre, pastor, iyalorisás e sacerdote indígena.


Segundo as informações, o objetivo do projeto é proteger a resistência e as tradições que os antepassadas tiveram na diáspora, as matriarcas, que são as mulheres que ficaram no comando religioso de matriz africano, e que foram trazidas ao Brasil como escravizadas, e formaram o pilar da resistência, criando Irmandades, iniciando os primeiros Candomblés na Bahia.
“Nos reunimos neste momento de tantas perdas à Grande Mãe Terra - assim como todas as mães, que precisam de grandes quantidades de bênçãos em forma de amor, acolhimento, troca de saberes e energia vital” apontou a Ìyálode Ojéwunmi Rosângela D'Yewa, idealizadora e coordenadora do evento.
"Uma pequena Comitiva de Matriarcas, foi formada pelas Iyaloria Juçara D' Iyemonja, Iyalorisa Maristela D'Osun, Iyalorisa D'Avila D'Osun, Iyalorisa Mônica de Aganjú, Iyakekere Òjéronke Penha D’Yewa, Ìyámoro Regina D'Oya e Ebomy Moema D'Iyemonja para compor, desenvolver, e realizar o evento, que convida outras Matriarcas para fazerem parte desse lindo projeto", realçou a coordenadora.
Conforme os organizadores, neste dia a meta é desenvolver um novo comportamento psicossocial pós-crise pandêmica, a partir de saberes e diversidades de conhecimentos ancestrais, valorizando o papel da mulher, mãe biológica ou não, neste momento onde a sororidade e a solidariedade são a base da reconstrução de uma nova realidade.

"Ìyálode Ojéwunmi Rosângela D'Yewa, herdou da Iyalode Asabi Anike Sikirati(in memorian) da Fraternidade (Iledi) Ògbóni Awurela em Oyó, na Nigéria, a missão de reunir matriarcas (Iyalorisás) para que juntas possam recriar uma nova sociedade neste momento, mostrando toda base de sororidade e solidariedade que sempre existiu no Candomblé. De todos os saberes ancestrais, que ajudaram a resistência e sobrevivência da Cultura de Matrizes Africanas. A irmandade que antes fora criada com o intuito de comprar a alforria dos escravos, hoje luta contra o racismo estrutural, a intolerância religiosa e a violência contra à mulher, e ainda apoia o Empreendedorismo Feminino", explicou Rosângela D'Yewa.



Dentre as atividades destaca-se as das casas religiosas envolvidas no projeto, em que pessoas serão capacitadas por meio de oficinas como a de Diversidade de Saberes, e promoverá também a reeducação ambiental, a desconstrução de preconceitos raciais, religiosos e de gênero. O poder maternal do amor incondicional apoiará socialmente às famílias atingidas pela Covid-19, com dinâmicas de grupo, mediadas por pedagogas e psicólogas.



“Nossas mães iyabás, que nos acolhem nestes momentos, precisam ser louvadas para que todas nós - mulheres, mães no sagrado, iyás, dones, mametos, ekedys e ebomys - possamos nos fortalecer e transformarmos esse mundo, fazendo renascer a esperança, o amor ao sagrado e a vida, em sua maior essência. Convidamos você, matriarca para comparecer ao nosso Candomblé pela vida e pela nossa Afrikerança, em nome de Nossas Iyabás e nossa “Mãe Ancestral”. Traga o seu legado, seu abraço, seu desejo de amar, acolher e ser acolhida” convidou a Ìyálode Rosângela.



SOBRE O EVENTO - Um dia com barracas de comidas típicas, artesanato, palestra “O que é Matriarcado?”, roda de conversa, entrega das moções, apresentação do projeto “Afrikerança”, apresentação de Jongo, Culto Inter-religioso com Padre, Pastor e Sacerdote Indígena, e fechando com o Candomblé em Celebração à vida orquestrado pelas Matriarcas.
Confira a programação:


10h - Recepção das matriarcas com a entrega dos kits e identificações.

11h - Momento de oração e saudação à grande Mãe Terra.

11h20 - apresentação do matriarcado africano: A presença e a importância dos Valores Matriarcas para a Educação – Ajoie Alexia.

12h30 - Pausa para almoço, que será comprado nas barracas de comidas típicas.

13h30 - Apresentação do Grupo de Jongo Eledá.

14h - Presidente do Conselho de Igualdade Racial de São Gonçalo, Ilmo. Sr Luís Backer.

14h30 - Vídeo de apresentação do Projeto Afrikerança.

15h - Entrega das Moções às Matriarcas.

16h - Culto Inter-religioso, com padre, pastor e sacerdote indígena.

17h- Candomblé em Celebração à vida Orquestrado pelas Matriarcas.

19h - Encerramento.



ORGANIZAÇÃO

- Ìyálode Ojéwunmi Rosângela D'Yewa (Diretora);

- Iyaloria Juçara de Yemonja (Comissão organizadora);

- Iyaloria Maristela de Oun (Comissão organizadora);

- Iyakekere Òjéronke Penha D’Yewa (Comissão organizadora);

- Iyá Davila de Oun (Comissão organizadora);

- Ìyámoro Regina de Oya (Comissão organizadora);

- Iyaloria Mônica de Aganjú (Comissão organizadora) e

- Egbome Moema de Yemanja (Comissão organizadora).



SERVIÇO

, Região Metropolitana do Rio de Janeiro) das 10h às 18h. Entrada gratuita. Os protocolos da OMS contra a COVID-19 serão rigorosamente cumpridas com o distanciamento social, limitação de público e uso obrigatório de máscara e distribuição de álcool em gel.
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