Publicado 13/10/2021 18:22 | Atualizado 13/10/2021 19:04
Um trabalho que levou anos, mas já mostra resultado. A despoluição da Lagoa de Araruama conquistou novos moradores: os cavalos-marinhos. Nos últimos meses, diversos moradores e frequentadores do local flagraram a presença da espécie, que está em risco de extinção e nunca foi vista por essas águas.
A maior lagoa hipersalina do mundo, localizada na Região dos Lagos, está recuperando a qualidade ambiental. Atualmente tem águas cristalinas e se tornou um verdadeiro refúgio para a população e fonte de renda para dezenas de pescadores. Em quatro das seis cidades banhadas pelas águas da laguna, a concessionária responsável pelos serviços de tratamento e abastecimento de água, Prolagos, tem impulsionado essa melhoria, principalmente com a ampliação de cinturões para interceptar o esgoto e evitar que chegue in natura ao ecossistema. E este pode ser um dos grandes fatores que colaboraram para o surgimento, não apenas dos cavalos-marinhos, mas também de outras espécies de peixes que não apareciam há tempos por ali.
No Rio de Janeiro, o Projeto Cavalos-Marinhos, com sede na Universidade Santa Úrsula, atua há 18 anos com pesquisadores internos e externos; parceiros de outras instituições, alunos e voluntários, realizando o monitoramento dos animais em todas as regiões do estado. A coordenadora do projeto, Natalie Freret diz que, como pesquisadora, foi a primeira vez que soube da aparição dos animais na Lagoa de Araruama.
A maior lagoa hipersalina do mundo, localizada na Região dos Lagos, está recuperando a qualidade ambiental. Atualmente tem águas cristalinas e se tornou um verdadeiro refúgio para a população e fonte de renda para dezenas de pescadores. Em quatro das seis cidades banhadas pelas águas da laguna, a concessionária responsável pelos serviços de tratamento e abastecimento de água, Prolagos, tem impulsionado essa melhoria, principalmente com a ampliação de cinturões para interceptar o esgoto e evitar que chegue in natura ao ecossistema. E este pode ser um dos grandes fatores que colaboraram para o surgimento, não apenas dos cavalos-marinhos, mas também de outras espécies de peixes que não apareciam há tempos por ali.
No Rio de Janeiro, o Projeto Cavalos-Marinhos, com sede na Universidade Santa Úrsula, atua há 18 anos com pesquisadores internos e externos; parceiros de outras instituições, alunos e voluntários, realizando o monitoramento dos animais em todas as regiões do estado. A coordenadora do projeto, Natalie Freret diz que, como pesquisadora, foi a primeira vez que soube da aparição dos animais na Lagoa de Araruama.
“Conversamos com diversas pessoas que moram na região há muitos anos, pescadores, veranistas. Ninguém nunca havia registrado a presença dos cavalos-marinhos no local, apenas no Canal do Itajuru, em Cabo Frio, mas nunca dentro da lagoa”, conta Freret, que também coordena o laboratório que desenvolveu o projeto.
Sensíveis, os animais da espécie vem desaparecendo ao longo dos anos e só sobrevivem em ambientes despoluídos. Com a preservação da Lagoa de Araruama, acarretando na melhora da balneabilidade, o local pode se tornar o berço do renascimento e salvação dos cavalos-marinhos. Mais de 70 animais já foram flagrados na região, que já foi demarcada pelo projeto, seguindo um protocolo internacional em que cada animal encontrado é identificado quanto a espécie, sexo e tamanho.
Sensíveis, os animais da espécie vem desaparecendo ao longo dos anos e só sobrevivem em ambientes despoluídos. Com a preservação da Lagoa de Araruama, acarretando na melhora da balneabilidade, o local pode se tornar o berço do renascimento e salvação dos cavalos-marinhos. Mais de 70 animais já foram flagrados na região, que já foi demarcada pelo projeto, seguindo um protocolo internacional em que cada animal encontrado é identificado quanto a espécie, sexo e tamanho.
“Os organismos são marcados de forma não invasiva. Tiramos uma foto da coroa que fica em cima da cabeça deles, e a imagem é processada por um software que possui um catalogo onde é feito o reconhecimento, para acompanhar crescimento, possível recaptura do mesmo animal, de forma a saber se ele está vivendo na localidade e utilizando para se reproduzir ou apenas de passagem”, explica Natalie.
A primeira aparição registrada dos cavalos-marinhos na Lagoa de Araruama foi no início deste ano e, desde maio tem sido realizado o monitoramento em São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande e Araruama, com ajuda de colaboradores da sociedade que moram ou frequentam o local, por meio do Projeto Ciência Cidadã.
A primeira aparição registrada dos cavalos-marinhos na Lagoa de Araruama foi no início deste ano e, desde maio tem sido realizado o monitoramento em São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande e Araruama, com ajuda de colaboradores da sociedade que moram ou frequentam o local, por meio do Projeto Ciência Cidadã.
A pesquisadora afirma que a influência humana de forma positiva da lagoa, com a realização de dragagem e retirada de um conjunto de redes de pesca que fechavam o Canal do Itajuru ajudaram na entrada, não apenas dos cavalos-marinhos, como também de peixes – entre eles o Carapeba e Perumbeba -, que, nos dias atuais, são facilmente vistos por quem frequenta o local.
A melhoria da qualidade ambiental da Lagoa de Araruama impacta diretamente não apenas no setor ambiental, mas promove geração de renda, desenvolvimento social e econômico, e fortalece o turismo na região. O local sofreu, por anos, com o despejo in natura do esgoto e estava em avançado estado de degradação ambiental até 2002, quando as concessionárias que atuam na Região dos Lagos – Prolagos e Águas de Juturnaíba – receberam permissão para antecipar os investimentos em esgoto, adotando o sistema de captação a tempo seco, após um acordo proposto pelo Poder Concedente – que abrange prefeituras e Governo do Estado; Consórcio Intermunicipal Lagos São João, Agência Reguladora (AGENERSA) e Ministério Público.
A melhoria da qualidade ambiental da Lagoa de Araruama impacta diretamente não apenas no setor ambiental, mas promove geração de renda, desenvolvimento social e econômico, e fortalece o turismo na região. O local sofreu, por anos, com o despejo in natura do esgoto e estava em avançado estado de degradação ambiental até 2002, quando as concessionárias que atuam na Região dos Lagos – Prolagos e Águas de Juturnaíba – receberam permissão para antecipar os investimentos em esgoto, adotando o sistema de captação a tempo seco, após um acordo proposto pelo Poder Concedente – que abrange prefeituras e Governo do Estado; Consórcio Intermunicipal Lagos São João, Agência Reguladora (AGENERSA) e Ministério Público.
Concurso revela imagens preocupantes do ambiente marinho
Um concurso de fotografia dedicado à vida marinha no mundo, o Ocean Photography Awards, revelou, neste ano, imagens assustadoras e preocupantes que mostram o problema que animais marinhos vem enfrentando com o lixo descartado de forma incorreta.
A fotografia vencedora do prêmio, de Nicholas Samara, mostra um cavalo-marinho carregando uma máscara descartável agarrada na cauda. A imagem foi capturada no ano passado, nos arredores de Stratoni, na Grécia.
Estudos recentes apontam que a presença real de lixo no mar é uma ameaça e, em 2050, haverá mais resíduo do que peixes no mar.
Outras duas imagens vencedoras no concurso mostram um pequeno molusco flutuando sobre um pedaço de lixo nas Filipinas, que conquistou o terceiro lugar na categoria conservação; e um peixe lagarto tentando comer um filtro de cigarro, na Flórida. Os flagrantes preocupam, principalmente, porque mostram que a fauna marinha está tentando se ‘adaptar’, a qualquer custo, em busca pela sobrevivência.
A fotografia vencedora do prêmio, de Nicholas Samara, mostra um cavalo-marinho carregando uma máscara descartável agarrada na cauda. A imagem foi capturada no ano passado, nos arredores de Stratoni, na Grécia.
Estudos recentes apontam que a presença real de lixo no mar é uma ameaça e, em 2050, haverá mais resíduo do que peixes no mar.
Outras duas imagens vencedoras no concurso mostram um pequeno molusco flutuando sobre um pedaço de lixo nas Filipinas, que conquistou o terceiro lugar na categoria conservação; e um peixe lagarto tentando comer um filtro de cigarro, na Flórida. Os flagrantes preocupam, principalmente, porque mostram que a fauna marinha está tentando se ‘adaptar’, a qualquer custo, em busca pela sobrevivência.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.