De acordo com o Ministério Público, as investigações começaram no início de 2017 em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO). Segundo o MP, durante o governo de Anderson Alexandre, duas funerárias concorriam por licitação em Silva Jardim, colocando valores exorbitantes. Em seguida, a licitação era cancelada para ser aberto um novo processo de licitação com as mesmas empresas.
As investigações descobriram que havia um acordo entre essas empresas, e a que vencesse o processo, dividiria os serviços e os lucros com aquela que perdesse. Num determinado momento, uma das empresas deixou de cumprir o acordo, e o dono da funerária que deixou de receber sua parte, então acordada, procurou o Ministério Público para fazer a denúncia sobre o esquema.
Além desses dois mandados de prisão, também foram cumpridos quatro mandados de afastamento das funções públicas contra integrantes do governo à época, são eles: Jonas Moraes vereador do município, que tomou posse recentemente no mês de setembro; Maria Dalva do Nascimento, a Cilene, então vice-prefeita de Silva Jardim; e o cunhado de Cilene, Vander Moraes, ex-secretário de Trabalho, Habitação e Promoção Social (SMTHPS).
O quarto nome é o de Anderson Alexandre. No caso de Anderson, entretanto, por não ocupar mais cargo em Silva Jardim, o mandado de afastamento das funções públicas não tem validade contra ele. O MP informou que os denunciados vão responder pelos crimes de peculato, associação criminosa e fraude em licitação. Os presos foram levados para a 120ª Delegacia Policial e serão transferidos para um presídio na capital do Rio.
O DIA ainda não conseguiu contato com a defesa dos citados na reportagem.