Patrício Alexandre foi servidor da Prefeitura durante o governo de Anderson Alexandre - Foto: Divulgação
Patrício Alexandre foi servidor da Prefeitura durante o governo de Anderson AlexandreFoto: Divulgação
Por O Dia
SILVA JARDIM - O Ministério Público (MPE-RJ) prendeu na manhã desta quinta-feira (29) dois suspeitos de estarem envolvidos com fraudes em licitações no município de Silva Jardim, no interior do Rio. Os mandados de prisão foram cumpridos na Prefeitura da cidade contra Patrício Rodrigues Alexandre, primo de Anderson Alexandre, ex-prefeito e atual deputado estadual, e contra Marcelo da Conceição dono de uma funerária que prestava serviços ao município.

De acordo com o Ministério Público, as investigações começaram no início de 2017 em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO). Segundo o MP, durante o governo de Anderson Alexandre, duas funerárias concorriam por licitação em Silva Jardim, colocando valores exorbitantes. Em seguida, a licitação era cancelada para ser aberto um novo processo de licitação com as mesmas empresas.

As investigações descobriram que havia um acordo entre essas empresas, e a que vencesse o processo, dividiria os serviços e os lucros com aquela que perdesse. Num determinado momento, uma das empresas deixou de cumprir o acordo, e o dono da funerária que deixou de receber sua parte, então acordada, procurou o Ministério Público para fazer a denúncia sobre o esquema.

Além desses dois mandados de prisão, também foram cumpridos quatro mandados de afastamento das funções públicas contra integrantes do governo à época, são eles: Jonas Moraes vereador do município, que tomou posse recentemente no mês de setembro; Maria Dalva do Nascimento, a Cilene, então vice-prefeita de Silva Jardim; e o cunhado de Cilene, Vander Moraes, ex-secretário de Trabalho, Habitação e Promoção Social (SMTHPS).

O quarto nome é o de Anderson Alexandre. No caso de Anderson, entretanto, por não ocupar mais cargo em Silva Jardim, o mandado de afastamento das funções públicas não tem validade contra ele. O MP informou que os denunciados vão responder pelos crimes de peculato, associação criminosa e fraude em licitação. Os presos foram levados para a 120ª Delegacia Policial e serão transferidos para um presídio na capital do Rio.

O DIA ainda não conseguiu contato com a defesa dos citados na reportagem.