Estudo levanta nova hipótese para a extinção dos dinossauros

Por Flipar

Enquanto isso, no Brasil, o Serviço Geológico Brasileiro (SGB) informou que uma nova espécie de dinossauro teve suas pegadas detectadas em Araraquara, interior de São Paulo. O animal ?Farlowichnus rapidus? foi encontrado pelo padre e paleontólogo italiano Giuseppe Leonardi nos anos 1980.
Divulgação/Serra Azul MP
Leonardi doou uma das amostras das pegadas, em 1984, ao Museu de Ciências da Terra (MCTer). Com isso, as marcas foram encontradas na chamada formação de Botucatu, que é um conjunto de rochas formadas por um antigo deserto de dunas no período Cretáceo, há aproximadamente 140 milhões de anos.
Divulgação/Alep
Os estudos apontam que era um dinossauro pequeno, com altura entre 70 e 90 cm.
Reprodução/Youtube Indiana University Press
Em virtude da grande distância entre suas pegadas encontradas, os cientistas deduzem que era um réptil muito veloz que corria pelas dunas daquele período.
Divulgação
A descoberta foi publicada na revista científica Cretaceous Research, da Holanda. Além disso, ganhou destaque internacional e foi noticiada pelo portal britânico BBC News.
Divulgação/Museu Nacional
O Brasil tem sítios paleontológicos que atraem milhares de visitantes. São regiões onde, em eras remotas, viveram espécies de dinossauros.
reprodução facebook Dino Tchê
O mais importante deles é a Formação Santa Maria, no Rio Grande do Sul, que ingressou no Guinness Book, o Livro dos Recordes.
Sergio Kaminski wikimedia commons
Estudos apontam que rochas e cristais de zircão contendo fósseis desses dinossauros datam de 233,2 milhões de anos atrás. Os mais antigos do planeta!
Divulgação Rafael Favero e Victor Feijó/Prefeitura de Santa Maria
Esse período é chamado pelos cientistas de Triássico: uma era geológica que se estende de 252 milhões até 201 milhões de anos atrás. É o primeiro período da era Mesozoica e fica entre o Permiano e Jurássico.
reprodução facebook Dino Tchê
Tanto o início como o fim do período Triássico são marcados por eventos de extinção em massa.
reprodução facebook Dino Tchê
Os fósseis encontrados eram de dinossauros ancestrais, ainda pequenos (50 cm) e compridos (1,50 metro). Ao longo da evolução, eles deram origem aos dinossauros gigantescos (passando, então, a ser quadrúpedes).
Imagem de Dariusz Sankowski por Pixabay
Um dos fósseis era de um Saturnalia Tupiniquim, espécie herbívora. O outro era de um Burioleste, carnívoro, com dentes serrilhados (foto)
Domínio Público
A discussão sobre o berço dos dinossauros se deu a partir da descoberta do fóssil do Estauricossauro (na ilustração, dominando a presa), em 1936, em Santa Maria, um dos mais primitivos da espécie. O exemplar encontrado era de 230 milhões de anos.
Domínio público
A Formação Santa Maria tem extensão de 250 km que engloba 21 municípios, desde Venâncio Aires até Mata, onde árvores viraram pedra (foto).
Clube Trekking Santa Maria - wikimedia commons
As árvores petrificadas, fossilizadas, do Jardim Paleobotânico da cidade de Mata, são tombadas pelo Patrimônio Histórico do Rio Grande do Sul.
reprodução facebook Dino Tchê
O Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS tem uma coleção de fósseis com mais de 8 mil espécimes, sendo 4 mil vertebrados, a maioria do Triássico.
Divulgação Museu PUC-RS
Grande parte do material é destinada a pesquisas de estudantes. Mas o público em geral pode visitar exemplares em exposição: réplicas e fósseis de vegetais e animais, como a preguiça-gigante (foto) e o prestossauro, grande predador do passado.
Divulgação Museu PUC-RS
Santa Maria tem um parque temático chamado Dino Tchê, onde as pessoas aprendem sobre os répteis primitivos e veem uma réplica em tamanho natural do Estauricossauro.
reprodução facebook Parque Dino Tchê
A descoberta de fósseis no Rio Grande do Sul é reconhecida mundialmente. Sítios atraem visitantes e este tema tornou-se um forte atrativo para o turismo no estado.
Clube Trekking Santa Maria - wikimedia commons
O mesmo ocorre em outras áreas de grande valor para a Paleontologia e que atraem a curiosidade de visitantes, como o Parque dos Girassóis, em Presidente Prudente (SP).
Reprodução TV Fronteira
Ali, Paleontólogos do Museu de Marília anunciaram, em dezembro de 2021, a descoberta de cinco ovos de dinossauros.
Reprodução TV Fronteira
Os fósseis têm entre 60 e 80 milhões de ano - um período chamado de Cretáceo Superior. Segundo os pesquisadores, eles são de uma espécie carnívora. Os ovos medem de 12 a 13 centímetros.
William Nava - arquivo pessoal
Em setembro de 2020, já haviam sido encontrados ovos de crocodilos fossilizados, com 6 centímetros, no sítio de Presidente Prudente. Eles foram descobertos após a retirada de rochas durante o cercamento do local. Os ovos são de 70 a 80 milhões de anos atrás.
Reprodução TV Fronteira
O paleontólogo William Roberto Nava informou que, como os ovos estavam inteiros, deve ter ocorrido algum evento que impossibilitou o nascimento dos filhotes. E isso é objeto de estudo.
Reprodução TV Fronteira
Segundo o paleontólogo William Nava, o sítio de Presidente Prudente tem uma riqueza tão grande de material de pesquisa que é considerado a maior jazida de fósseis de aves da época do dinossauro no Brasil.
Divulgação
A relevância do sítio para os estudos dos fósseis ganhou um importante reconhecimento com o tombamento como patrimônio em fevereiro de 2020.
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