Meryl Streep é homenageada com prêmio honorário no Festival de Cannes

Por Flipar

O retorno de Meryl ao Festival de Cannes acontece 35 anos depois de ter levado a categoria de Melhor Atriz no evento. Naquela época, a artista foi premiada pelo longa "Um Grito no Escuro" (1988).
Reprodução do Youtube Canal France TV
Meryl Streep recebeu a Palma de Ouro honorária das mãos de Camille Cottin, Juliette Binoche e Greta Gerwig, membros do júri desta 77ª edição do tradicional festival.
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"Filmes são uma projeção dos sonhos das pessoas, e até executivos de estúdios têm sonhos. E como é muito difícil para homens se enxergarem em personagens femininas, filmes protagonizados por mulheres acabavam não sendo aprovados", afirmou a atriz sobre o começo da carreira.
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?Sabe quando foi a primeira vez em toda a minha carreira em que um homem veio até mim e disse: ?Uau, você expressou algo que eu já senti naquele filme?? Foi em O Diabo Veste Prada. E foi mais de um homem!. Eles chegavam e me diziam que entendiam como era ser a pessoa que toma decisões, que é mal compreendida, e eu achei isso fascinante. ?, refletiu.
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?O homem que assistir "O Franco-Atirador" não vai se identificar com a minha personagem! Mas eu consigo me identificar com o que sentem os personagens de Walken, De Niro (...) Acho que nós, mulheres, falamos todas as línguas, mas é difícil para os homens falar a nossa. Entende o que eu digo??, completou.
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Ao longo da carreira, venceu o Oscar em três oportunidades, assim como teve 30 indicações ao Globo de Ouro, vencendo oito. Ela também recebeu três Emmys e dois Screen Actors Guild Awards.
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Além do prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes e no Festival de Berlim, cinco New York Film Critics Circle Awards, dois BAFTA, entre outros. Recebeu o prêmio honorário do American Film Institute em 2004 e o Kennedy Center Honor em 2011, ambos por sua contribuição para a cultura dos Estados Unidos.
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Foi condecorada por duas vezes pelo ex-presidente Barack Obama, em 2010 e 2014, com a Medalha Nacional das Artes e a Medalha Presidencial da Liberdade, mais alta condecoração civil dos Estados Unidos.
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A sua família é de origem alemã, especificamente da região de Loffenau. Seu tataravô, Gottfried Streep, foi quem imigrou para os Estados Unidos. Ela tem dois irmãos: Dana David e Harry William III e é filha de Mary Wolf (1915?2001) e Harry William Streep Jr. (1910?2003).
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Streep cresceu em Bernardsville no estado de Nova Jérsei, onde estudou no Bernards High School. Graduou-se em teatro dramático no renomado Vassar College em 1971. Foi estudante visitante do Dartmouth College e fez mestrado em Artes Dramáticas na Universidade de Yale.
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Meryl Streep participou de várias montagens teatrais em Nova Iorque e Nova Jérsei. Nesse período, começou a se relacionar com John Cazalepor, com quem viveu até a sua morte, três anos depois. Estreou na Broadway no musical "Happy End", e permaneceu atuando nos teatros até o início dos anos 1980.
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No início dos anos 1970, vivendo em Nova Iorque, trabalhou na Broadway em 1976 nas peças "27 Wagons Full of Cotton", de Tennessee Williams,' e "A Memory of Two Mondays", de Arthur Miller, pela qual recebeu uma indicação ao Tony na categoria Melhor Atriz.
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O primeiro filme da atriz foi "Júlia" (1977), no qual interpreta um papel pequeno, porém de destaque, nas cenas de flashback. Nesta época, Streep estava vivendo em Nova Iorque com Cazale, que foi diagnosticado com câncer ósseo.
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Em 1978, estrelou a minissérie "Holocausto" como uma alemã casada com um artista judeu durante o período nazista. Cuidou de Cazale até a sua morte, em 12 de março de 1978. Em seguida, aceitou um papel em "A Sedução de Joe Tynan", com Alan Alda.
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Venceu o Emmy de Melhor Atriz em uma Minissérie ou Telefilme pela performance. "O Franco Atirador" foi lançado um mês depois, e Meryl foi indicada ao Oscar de melhor atriz coadjuvante.
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Meryl foi coadjuvante no filme "Manhattan" de Woody Allen, e participou do roteiro de "Kramer vs. Kramer" (1979), em um encontro com o produtor Stan Jaffee, o diretor Robert Benton e o ator principal Dustin Hoffman. Venceu o Oscar e o Globo de Ouro de Melhor Atriz Coadjuvante no Cinema.
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Meryl começou a ser chamada para fazer papéis principais. Seu primeiro foi "A Mulher do Tenente Francês" (1981), recebendo o BAFTA de Melhor Atriz. Participou do thriller psicológico "Na Calada da Noite" (1982), de Robert Benton, o diretor de Kramer vs. Kramer.
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Como uma polonesa sobrevivente do holocausto em "A Escolha de Sofia" (1982), a performance emocional e dramática recebeu muitos elogios. Além de muitos prêmios importantes de atuação, Meryl ganhou o Oscar de Melhor Atriz por sua performance.
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Ela também se destacou no filme "Silkwood - O Retrato de uma Coragem" (1983), no qual interpreta, pela primeira vez, um personagem real, a sindicalista Karen Silkwood. Seus próximos filmes foram o drama romântico, "Amor à Primeira Vista" (1984), com Robert De Niro, e o drama britânico, "Plenty" (1985).
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"Entre Dois Amores" (1985) teve Meryl Streep como a escritora dinamarquesa Karen Blixen e foi co-estrelado por Robert Redford. Em seguida, co-estrelou com Jack Nicholson seus próximos dois filmes, os dramas "A Difícil Arte de Amar" (1986) e "Ironweed" (1987), no qual cantava pela primeira vez.
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No filme "Um Grito no Escuro" (1988), ela interpretou o papel biográfico de Lindy Chamberlain, uma australiana condenada pelo desaparecimento da própria filha, mas que afirmava que o bebê tinha sido atacado por um dingo. Meryl recebeu vários prêmios, como o de Melhor Atriz no Cannes Film Festival.
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Em "Ela é o Diabo!" (1989), Streep fez a sua primeira comédia, contracenando com Roseanne Barr. Entre 1984 e 1990, ganhou seis People's Choice Awards de melhor atriz cinematográfica.
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Meryl interpretou uma atriz viciada em drogas na adaptação para o cinema do romance de Carrie Fisher, "Postcards from the Edge", com Dennis Quaid e Shirley MacLaine. Logo em seguida, ela filmou a comédia "A Morte lhe Cai Bem", com Bruce Willis e Goldie Hawn com co-estrelas.
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Em 1995, Streep contracenou com Clint Eastwood na história de amor "As Pontes de Madison" (1995). Baseado no best-seller de Robert James Waller. O filme foi um sucesso de público e arrecadou mais de 70 milhões de dólares só nos Estados Unidos.
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No ano seguinte, Meryl estrelou "As filhas de Marvis", uma adaptação da peça de Scott McPherson. O filme também é estrelado pelo jovem Leonardo DiCaprio como o filho rebelde da atriz. Streep recebeu outra indicação o Globo de Ouro pelo papel.
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Em 1999, Streep interpretou Roberta Guaspari, uma novaiorquina real que encontrou paixão e realização pessoal, ensinando violino para crianças pobres do Harlem. Foi no drama musical "Música do Coração", papel pelo qual foi novamente indicada ao Oscar.
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A atriz foi dirigida por Steven Spielberg, em 2000, no filme "A.I. Inteligência Artificial", uma ficção científica sobre uma criança androide, interpretada por Haley Joel Osment. Dois anos depois, voltou aos palcos e também começou a trabalhar com Spike Jonze na comédia dramática "Adaptação" (2002), com mais um Globo de Ouro na carreira.
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Streep apareceu ao lado de Nicole Kidman e Julianne Moore em "As horas", baseado no livro homônimo, de 1999, de Michael Cunningham. Fez uma participação especial como ela mesma na comédia "Ligado em Você" (2003).
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Foi na obra "Desventuras em Série ", tendo Jim Carrey como protagonista. No filme "Terapia do amor", interpretou Lisa Metzger, a psicanalista de uma mulher de negócios divorciada (interpretada por Uma Thurman) que começa a se relacionar com o filho de 23 anos de Lisa (Bryan Greenberg).
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Interpretou, em 2006, ao lado de Shirley MacLaine, os últimos dois membros de uma família dedicada a música country em "A última noite", último filme de Robert Altman. Na sequência, o sucesso com "O Diabo veste Prada", e a poderosa Miranda Priestly.
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No ano seguinte, emendou filmes consecutivos. Interpretou a rica patronesse de uma universidade no drama "Fúria pela Honra". Esteve também em "O suspeito", "Ao Entardecer" e "Leões e Cordeiros". Em 2008, Meryl participou de seu maior sucesso comercial, o filme musical Mamma Mia!. Dirigido por Phyllida Lloyd, e com base nas músicas da banda ABBA.
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O filme musical arrecadou 602,6 milhões de dólares, o maior valor entre os musicais de todos os tempos. No mesmo ano, participou de "Dúvida". Meryl foi indicada ao Oscar e ao Globo de Ouro por "Dúvida" e ao Globo de Ouro por "Mamma Mia!".
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No início de 2011, voltou a trabalhar com Phyllida Lloyd em "A Dama de Ferro", a cinebiografia de Margaret Thatcher, que trata do período em que ela era Primeira Ministra do Reino Unido, durante a Guerra das Malvinas. A atuação lhe rendeu o Globo de Ouro e o BAFTA de Melhor Atriz, além seu terceiro Oscar.
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Nos últimos dez anos, participou de filmes como: "Álbum de Família", "Dívida de honra", "Caminhos Da Floresta", "Doador de Memórias" e "As Sufragistas". Também se destacou na obra: "The Post - A Guerra Secreta", como Kat Graham, dona do periódico The Washington Post, que está prestes a lançar suas ações na Bolsa de Valores.
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Segundo o Globo de Ouro, Streep alcançou o posto de atriz mais indicada de todos os tempos ao receber sua 30ª indicação. Ela também é a atriz com mais vitórias na premiação, com nove estatuetas. No Oscar, por sua vez, ela tem 21 indicações e três estatuetas.
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