Desfiles inesquecíveis de escolas de samba do Rio

Por Flipar

Em 1988, a Vila Isabel arrasou com "Kizomba, a Festa da Raça" e conquistou seu 1º título no carnaval carioca. O samba que começava com a expressão "Valeu, Zumbi" tinha ao mesmo tempo beleza e popularidade. E impulsionou os foliões na avenida, arrebatando a plateia.
Igmann Phill wikimedia commons
"Liberdade, Liberdade! Abre As Asas Sobre Nós" foi o enredo da Imperatriz Leopoldinense que levou o título em 1989. O samba de Niltinho Tristeza, Preto Jóia, Vicentinho e Jurandir conquistou o público e tornou-se um marco pela melodia e pela letra.
Carlos Ivan wikimedia commons
No mesmo ano, a Beija-Flor ficou em 2º lugar com um desfile antológico, em que colocou fantasias de mendigos na avenida. Joãosinho Trinta surpreendeu com "Ratos e Urubus, larguem minha fantasia". E a alegoria coberta por causa da censura à imagem de Cristo na Sapucaí entrou para a memória coletiva..
Igmann Phill Rio Sambodrome 2 - wikimedia commons
"Quem Nunca Sentiu o Corpo Arrepiar Ao Ver Esse Rio Passar" foi a emoção vivida pela Portela, campeã em 2017 após 33 anos de jejum. O carnavalesco Paulo Barros idealizou um desfile sobre as lendas dos rios, que caiu como luva para a maior campeã do carnaval carioca, que passou a somar 22 títulos.
Divulgação Fernando Frazão Agência Brasil
Em 2002, com um enredo vibrante que enalteceu as belezas e a cultura do Nordeste, a Mangueira não deu chance a ninguém. "Brasil com Z é pra Cabra da Peste, Brasil com S é a Nação do Nordeste" deu à verde e rosa seu 18º título na história. E que sambão! E que voz do inesquecível Jamelão!
Ricardo Leoni wikimedia commons
Quem não lembra do refrão da União da Ilha em 1989? "Eu vou tomar um porre de felicidade Vou sacudir, eu vou zoar toda cidade". O desfile "Festa Profana" rendeu o 3º lugar à simpática escola carioca, uma das mais queridas do grande público. Mas eternizou um dos sambas mais animados e tocados de todos os tempos. Pura explosão!
Ricardo Leoni wikimedia commons
Em 2020, a Viradouro foi a campeã com o enredo "Viradouro de Alma Lavada". E a escola de Niterói lavou mesmo a alma, abocanhando o seu segundo título e quebrando um jejum de 23 anos sem vitória.
Grégory Duval wikimedia commons
Em São Paulo, também, muita criatividade e beleza. Em 2014, a Mocidade Alegre conquistou o título de tricampeã com um desfile que abordou a fé, a religiosidade e o sobrenatural. Os foliões mergulharam no sentimento e eram verdadeiros atores na apresentação.
Divulgação Marcos Lins SP Turis / Agência Brasil
Em 2011, a Vai-Vai conquistou o Anhembi com uma homenagem ao maestro e pianista João Carlos Martins. Apesar de problema de mobilidade numa das mãos, ele enfrentou a dificuldade e é respeitado mundialmente pelo talento e pelo exemplo de superação. A bateria ousou unindo o batuque tradicional ao som de violinos.
Reprodução YouTube SRZD
O Império de Casa Verde renasceu em 2016, numa apresentação à altura dos desfiles grandiosos de 2005-2006 que haviam lhe garantido o bicampeonato. E abocanhou mais um título exibindo os mistérios da humanidade. Os tigres gigantescos do carro alegórico foram um grande destaque num desfile repleto de beleza e criatividade.
Divulgação Rafael Neddermeyer Agência Brasil
Em 1995, a Gaviões da Fiel cantou "Me dâ mão, me abraça. Viaja comigo pro céu". E foi mesmo uma viagem e tanto. Primeiro título da escola e a consagração de um samba que até hoje é um dos maiores ícones do carnaval paulista. Showzaço!
Reprodução YouTube Corinthians Campeão dos Campeões
"Oxalá salve a princesa! A saga de uma guerreira negra" foi o enredo da Mancha Verde em 2019. A escola retratou a beleza da África, lembrou do tráfico negreiro e exaltou a princesa Aqualtune, avó de Zumbi. Faturou o primeiro título de sua história no Grupo Especial.
Divulgação Marcelo Messina Liga SP Agência Brasil
A Águia de Ouro arrebatou o público ao lembrar do talento do sambista João Nogueira (1941-2000 - no detalhe) no desfile de 2013. O filho dele, o cantor Diogo Nogueira(foto), foi destaque e se emocionou com a lembrança do pai.
Divulgação SPTuris/ Montagem Flipar divulgação
A Águia de Ouro foi campeã em 2020 pela primeira vez, ao mostrar a evolução dos homens desde a Idade da Pedra até a era tecnológica. Um passeio pela história que valeu o campeonato inédito para a azul e branca do bairro da Pompeia.
Rodrigo Rocha wikimedia commons

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