Furacão Beryl causa destruição e mortes no Texas

Por Flipar

O furacão causou destruição de muitos imóveis em cidades do estado texano, inclusive a famosa Houston, que está em luto pela morte de dois moradores.
Reprodução de vídeo - Record News
O estado do Texas ficou com mais de um milhão de unidades consumidoras (casas, empresas, escolas, etc) sem luz depois de quatro dias de passagem do Beryl e em meio a uma forte onda de calor.
Reprodução de vídeo - Record News
Um fato curioso que envolve o Beryl - e que foi destacado pela mídia internacional - é a entrada de cientistas no olho do furacão. O grupo de "caçadores de furacões" embarcou num avião da Agência Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) para entrar no furacão no começo de julho, quando o Beryl estava no Caribe.
Divulgação noaa
O avião, um WP-3 Orion, tem sido usado pela agência para coletar informações sobre tempestades tropicais, ciclones e furacões e, assim, transmitir os dados para agências de meteorologia.
NOAA wikimedia commons
Imagens feitas do espaço mostraram o olho do furacão Beryl, que foi ganhando força e atingiu a categoria 5, a maior na escala. Após o furacão tocar o solo, pelo menos seis pessoas morreram, em São Vicente e Granadinas, na Venezuela e em Granada, no Caribe. Depois ele seguiu para os EUA.
Reprodução de vídeo Reuters
Meteorologistas da Universidade Estadual do Colorado previram recentemente que, ao longo de 2024, haverá uma temporada de furacões no Atlântico ?extremamente ativa?, com mais de 20 tempestades. Pelo menos cinco com ventos acima de 178 km/h.
NOAA Domínio Público
Em 2023, houve 20 tempestades, o quarto maior número desde 1950. Foram 7 furacões, sendo três de grande impacto. O pior deles, Idalia, destruiu a costa oeste da Flórida, causando inundações e deixando meio milhão de pessoas sem energia. Duas pessoas morreram.
reprodução
Às vezes, um furacão é muito intenso, mas o número de mortes não é tão alto quanto o de outro, com menor velocidade. Tudo depende de fatores como o alcance das inundações, os sistemas de proteção dos imóveis e a emissão de alertas pelas autoridades.
Imagem de Jerry Coli por Pixabay
Tempestades tropicais são classificadas de diferentes formas, segundo a BBC Brasil. O nome varia de acordo com a região. No norte do Oceano Atlântico e nordeste do Pacífico, são chamadas de furacões. No noroeste do Pacífico, tufões. No Pacífico Sul e Oceano Índico, ciclones.
Imagem de Michelle Raponi por Pixabay
Os tornados duram apenas minutos enquanto os furacões podem levar dias. Tornados, mesmo breves, alcançam até 500 km/h, o dobro de um superfuracão. Além disso, tornados são vistos na totalidade. Já os furacões não são vistos por inteiro devido ao seu gigantismo.
Justin1569 wikimedia commons
Além disso, há a questão da velocidade dos ventos. Até 119 km/h é ciclone; a partir daí, furacão ou tufão. Veja agora grandes furacões que marcaram a história.
Imagem de David Mark por Pixabay
Furacão Andrew - Em 24/8/1992, provocou devastação na Flórida com ventos de 280 km/h. O mesmo furacão também causou danos nas Bahamas e na Luisiana. Deixou 65 mortos.
domínio público
Irma - Foi o primeiro a manter ventos acima de 297 km/h por mais de 24 horas, em 5/9/2017. Passou pelo Caribe, Cuba e Flórida. Matou diretamente 52 pessoas
Imagem de Paul Brennan por Pixabay
San Calixto - Em 9/10/1780, passou por Barbados, no Caribe, a mais de 320 km/h e deixou 4.500 mortos. O mesmo furacão atingiu Martinica, Santa Lúcia, Porto Rico e República Dominicana. Ao todo, foram cerca de 27 mil mortos.
Reprodução do site facebook.com/nadaalemdacuriosidade/photos/pcb.216568690489443/216567113822934/?type=3&source=49
Haiphong - Em outubro de 1881, causou destruição no cidade de Haiphong, no Vietnã, ao longo do litoral. Cerca de 300 mil pessoas morreram.
Supportstorm - Wikimédia Commons
Mitch - Em 26/10/1998, atingiu seu auge, com ventos de 285 km/h. Durante duas semanas ele percorreu países da América Central, México e a Flórida. Deixou cerca de 18 mil mortos.
Zack Clark domínio público
Maria - Em 16/9/2017, atingiu Porto Rico, transformando ruas em depósitos de destroços, danificando edifícios e cortando a energia elétrica de cidades.. A destruição material chegou a um prejuízo de 90 bilhões de dólares. Cerca de 3 mil pessoas morreram.
Raymond Piper - Flickr
Nargis - Em 27/4/2008, percorreu países da Ásia. Causou devastação ao longo do delta do rio Irauádi, em Mianmar, uma das áreas mais densamente povoadas do mundo. O governo mianmarense declarou cinco regiões como áreas de desastre.. Cerca de140 mil pessoas morreram.
Mohd Nor Azmil Abdul Rahman - Flickr - Wikimédia Commons
Galveston - Em 2/9/1900, teve ventos de até 251 km/h, na pequena cidade de Galveston, no Texas (EUA), perto do Golfo do México. Dos 38 mil habitantes, cerca de 12 mil morreram: quase 1/3. Décadas depois o local voltaria a ser atingido por furacões (em 1983 e 2008).
Domínio Público - Wikimédia Commons
Furacão do Dia do Trabalho - Em 2/9/1935, um furacão atingiu a costa americana no feriado do Dia do Trabalho. Causou destruição na Flórida e deixou cerca de 600 mortos.
domínio público
Bhola - Em 12/11/1970, causou inundação de muitas ilhas de pouca altitude do Delta do Rio Ganges, em Bangladesh. Matou entre 300 mil e 500 mil pessoas. Não houve número exato.
Twitter @weather_history
No Atlântico, a época de furacões ocorre entre 1º de junho e 30 de novembro. Época de muita preocupação nas regiões que costumam ficar no caminho das fortes tempestades tropicais.
Imagem de David Mark por Pixabay

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