Talentos premiados: Atores negros que ganharam o Oscarv

Por Flipar

Poitier fez dezenas de filmes. Alguns deixaram uma forte marca em sua carreira e na própria história do cinema pelo vigor das narrativas.
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Em "Ao Mestre, com Carinho" (1967), Poitier vive um engenheiro desempregado que aceita dar aulas numa escola barra-pesada onde estudantes desordeiros tentam afastá-lo da função. Mas ele trata todos com respeito na luta contra o comportamento hostil. O filme marcou época e influenciou gerações.
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Em "Adivinhe Quem Vem Para Jantar" (1967), Poitier é o noivo de uma branca que, ao apresentá-lo aos pais, um casal que se achava progressista, percebe a estranheza provocada. O filme discutiu o racismo no mesmo ano que a Suprema Corte dos EUA legalizou os casamentos interraciais.
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Mesmo antes de ganhar o Oscar, Poitier marcou a história do cinema ao ser o 1º negro a receber uma indicação ao Oscar de Melhor Ator. Foi pelo filme "Acorrentados" (1958), em que dois presos - um branco (Tony Curtis) e um negro - precisavam relevar as desavenças para escapar algemados do presídio. Poitier perdeu o prêmio para David Niven.
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A barreira quebrada por Poitier teve precedente nos anos 40. A primeira pessoa negra a ser indicada e a ganhar um Oscar (embora não como atriz principal) foi Hattie McDaniel (1893-1952), premiada como Melhor Atriz Coadjuvante (1940) pelo papel de Mammy, empregada de Scarlett O'Hara (Viven Leigh) em "E O Vento Levou".
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Filha de um casal de escravos libertos, caçula com 12 irmãos, Hattie enfrentou resistências para abraçar a sonhada carreira. Mas persistiu. Ela cantou em rádio e conseguiu papéis no cinema, mas nem sempre seu nome entrava nos créditos. Hattie suportou muita humilhação para seguir em frente.
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Mesmo sendo indicada ao Oscar, ela precisou de autorização especial, obtida pelo produtor do filme, David O. Selznick, para comparecer à cerimônia. Ficou numa mesa ao fundo, longe das "estrelas". A Califórnia era um estado com segregação racial. Perseverante, Hattie até hoje é lembrada pela firmeza na luta contra o preconceito.
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Cientes da importância de Hattie McDaniel e Sidney Poitier, atores negros foram conquistando mais espaço e ampliando as chances de premiação. Em 2001, a atriz americana Halle Berry tornou-se a primeira negra receber o Oscar de Melhor Atriz (prêmio principal), pelo filme "A Última Ceia".
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Louis Gossett Jr faturou o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante (1983) pelo papel do sargento Emil Foley, que comanda um curso preparatório da Marinha Americana no filme "A Força do Destino".
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Denzel Washington venceu o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante (1989) pelo papel do recruta Trip, escravo que participa da Guerra Civil Americana em "Tempo de Glória". E venceu o Oscar de Melhor Ator (principal) por "Dia de Treinamento" (2002), em que vive um policial corrupto.
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Jamie Foxx venceu o Oscar de Melhor Ator (2005) pela interpretação do cantor e pianista Ray Charles no filme "Ray".
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Morgan Freeman levou a estatueta de Melhor Ator Coadjuvante por "Menina de Ouro" (2005). Ele vive Eddie Scrap-Iron, que apoia o amigo Frankie (Clint Eastwood) na tarefa de treinar uma jovem que sonha em ser lutadora.
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Forest Whitaker foi premiado com Oscar de Melhor Ator (2007) pela interpretação do cruel ditador de Uganda, Idi Amin, no filme "O Último Rei da Escócia".
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Jennifer Hudson levou o Oscar de Melhor Atriz (2007) ao viver a cantora Effie White, integrante de uma banda de soul, no filme "Dreamgirls".
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Mo'Nique ganhou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante (2010) pelo filme "Preciosa". Ela viveu o papel de Mary Lee Johnston, mulher agressiva, mãe de Preciosa.
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Octavia Spencer levou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante (2011) pelo papel de Minny Jackson, empregada doméstica franca e de temperamento tempestuoso, amiga da personagem principal do filme "Histórias Cruzadas".
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Lupita Nyong'o foi premiada com o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante (2014) pelo papel de Patsey, escrava afro-americana que viveu em meados do século XIX, no filme "Doze Anos de Escravidão".
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Viola Davis ganhou o Oscar de Melhor Atriz (2017) pelo papel de Rose Maxson, mulher de Troy, jogador de beisebol aposentado que passou a coletar lixo para sobreviver (Denzel Washington) no filme "Um Limite Entre Nós".
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Ao saber da morte de Sidney Poitier (na foto, com o Oscar que ganhou em 1964), o premiado e aclamado ator Denzel Washington resumiu em uma frase a importância que ele teve - e continuará a ter - para os atores negros: "Ele era um homem gentil e abriu portas que estavam fechadas para muitos de nós".
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