Arqueólogos encontram ‘vampira’ com foice no pescoço e cadeado no pé

Por Flipar

Na Polônia, há uma lenda de que no século 17 regiões eram assoladas por "revenants" ou "renascidos", seres semelhantes a vampiros que atacariam vivos e causariam caos nas casas.
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Esses relatos eram tão comuns que várias medidas eram tomadas para evitar a reanimação dos cadáveres, como arrancar seus corações, pregar seus corpos nas sepulturas e usar estacas nas pernas.
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Em 1746, um monge chamado Antoine Augustin Calmet publicou um tratado para distinguir os verdadeiros "renascidos" de fraudes.
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A criança, que teria cerca de seis anos no momento da morte, foi enterrada de bruços com um cadeado de ferro sob o pé esquerdo para evitar que assombrasse sua família e vizinhos.
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A descoberta tem ajudado os historiadores a entenderem mais sobre as crenças e práticas da época em relação a esses seres.
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Algum tempo após o sepultamento, a tumba foi profanada. Todos os ossos foram removidos, exceto os das partes inferiores das pernas.
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De acordo com o jornal The New York Times, este é o único exemplo de um enterro infantil desse tipo na Europa.
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O lugar, que funcionava como um cemitério improvisado destinado para pessoas menos favorecidas, foi encontrado há 18 anos sob um campo de girassóis, situado na encosta de uma colina.
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Segundo registros locais, o cemitério não estava associado a uma igreja ou a um terreno consagrado. Cerca de 100 sepulturas já foram descobertas no local.
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No fim da Idade Média, especialmente na Polônia, era tradição colocar cadeados nas sepulturas. O maior achado deste tipo foi na cidade de Lutomiersk, onde quase 400 das 1.200 sepulturas investigadas continham cadeados.
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Martyn Rady, historiador da University College London, ressaltou que a mulher e a criança não devem ser categorizadas como vampiras.
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As características dos ?vampiros? foram oficialmente definidas pela primeira vez na década de 1720, por autoridades austríacas dos Habsburgos, que identificaram suspeitos de vampirismo na região que hoje é o Norte da Sérvia.
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Eles elaboraram relatórios que chegaram até a ser publicados em revistas médicas da época. ?Eles deixaram bem claro que, na lenda popular local, o vampiro tinha três características: era um fantasma, alimentava-se dos vivos e era contagioso?, relatou o historiador.
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As lendas polonesas mencionam dois tipos de "renascidos". O primeiro é o upiór, que mais tarde foi substituído pelo termo wampir e se assemelha ao Drácula representado por Béla Lugosi no filme de 1931.
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O segundo é a strzyga, que é mais parecida com uma bruxa malévola que ataca os humanos, podendo comê-los ou beber seu sangue, de acordo com o folclorista Al Ridenour.
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A prática dos cadeados pode ser vista como uma tentativa de garantir que os mortos permanecessem em paz, como expresso na citação de Lugosi em "Drácula": "Morrer, estar realmente morto, deve ser glorioso".
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