Serviços no Japão incluem taxa para cliente não ser importunado com conversas
Por Flipar
Esse tipo de opção surgiu devido à densidade populacional de cidades grandes, como Tóquio, em que milhares de pessoas convivem diariamente e o contato social pode se tornar exaustivo.
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Embora os japoneses tenham uma cultura de organização e respeito, os espaços públicos das metrópoles vivem lotados, o que gera muito ruído.
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Capital japonesa, Tóquio é a cidade mais populosa do mundo, com 14 milhões de habitantes.
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Para minimizar o contato excessivo com outras pessoas, japoneses de grandes centros urbanos podem pagar valores para não serem incomodados.
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Em lojas, restaurantes e táxis, por exemplo, é oferecida a possibilidade de pagar para evitar conversas e desfrutar do desejado silêncio.
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Essa possibilidade dá ao cliente a paz que procura sem que ele precise ser grosseiro, algo que não é muito típico dos japoneses.
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Segundo o site ?Minha Vida?, o salão de beleza Hair Works Credo foi um dos primeiros a oferecer esse serviço.
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Localizado no bairro de Setagaya, em Tóquio, o salão oferece três níveis de conversa: normal, reduzida ou nenhuma (silêncio total).
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Um aspecto que colabora decisivamente para a poluição sonora no Japão é o excesso de tecnologia e informação. Pelas ruas, vários equipamentos falam, para orientar as pessoas, até mesmo elevadores e escadas rolantes.
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A presença de pessoas munidas de alto-falantes para orientar os transeuntes soma-se ao barulho perturbador do trânsito.
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Cidades japonesas já registraram elevado número de episódios de briga entre vizinhos por causa de barulho.
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Em 2017, a TV Asahi divulgou enquete com 400 famílias das cidades de Tóquio, Osaka e Nagoya para apontar os barulhos que mais irritavam vizinhos.
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Entre eles estavam ruídos de crianças brincando ou chorando. Outros tópicos que apareceram foram os latidos de cachorros, barulho de máquina de lavar roupa e música em volume alto.
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No país, as leis estabelecem limite de poluição sonora apenas para empresas e fábricas, não determinando faixas para moradias ou nas relações urbanas.
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Curiosamente, em um país que valoriza tanto o silêncio a legislação japonesa permite até 70 decibéis nas ruas, acima do que a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera recomendável (até 53 decibéis).