Por todo o país, hemocentros mantêm estoque de sangue para cirurgias e transplantes, sendo fundamentais para o atendimento de pacientes em estado grave ou com doenças que exijam transfusão.

Porém, nem sempre os estoques estão com todo o volume de sangue necessário. E as campanhas sao fundamentais para atrair os doadores. No Rio de Janeiro, por exemplo, o Hemorio (Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti) é referência na distribuição decsangue para mais de 200 hospitais públicos e conveniados com o SUS no estado do Rio de Janeiro. Foi fundado em 1944, no contexto da Segunda Guerra Mundial.

Por causa da pandemia, em 2020, o registro de doações tinha caído cerca de 10% no Brasil. Foram 2,9 milhões de doações, segundo o Ministério da Saúde. Daí a importância ainda maior das campanhas de conscientização.

Na época, a doação por uma pessoa que teve Covid só poderia ser feita 30 dias após o desaparecimento dos sintomas causados pela infecção. Quem teve a forma grave da doença, com internação em UTI, deveria esperar 1 ano antes de doar.

Agora veja algumas dúvidas que costumam surgir sobre doação de sangue e, se puder, faça a sua doação. Cada bolsa de sangue de 500 ml salva a vida de quatro pessoas.

Quem toma remédios de uso controlado pode doar sangue? R: Como cada medicamento possui uma especificação, é recomendado entrar em contato com o Disque-Sangue (0800-282-0708) para identificar o caso.

Qual o intervalo para doação? Os homens podem doar sangue a cada dois meses e as mulheres a cada três meses. Essa diferença é porque as mulheres demoram mais a recuperar o ferro perdido no período menstrual.

Há risco de contaminação? Não. Antes da doação, a pessoa passa por uma consulta para avaliação de suas condições clínicas. Portanto, não transmite doenças. E também não é contaminada, pois o material usado na coleta do sangue é estéril e descartável.

Como o sangue é tratado? A bolsa de sangue é centrifugada e separada em três componentes (concentrado de hemácias; concentrado de plaquetas; e plasma), que são fornecidos a hospitais.

O organismo fica mais fraco pela perda de sangue? Não. O organismo repõe o volume de sangue doado no mesmo dia. Para isso, é importante beber bastante líquido (suco, água).

Grávidas podem doar sangue? Não. Mas, após ter o bebê, a doação é liberada depois de 90 dias (no caso de parto normal) ou 180 dias (cesariana).

Quais as principais restrições? Quem sofre de anemia, foi submetido a cirurgia ou está com febre acima de 37ºC, gripe ou resfriado não deve doar. Quem fez extração de dente precisa aguardar 7 dias até a doação.

Quem fez tatuagem ou colocou piercing pode doar? Sim, mas apenas depois de 1 ano, pois considera-se que esses procedimentos podem expor a pessoa ao risco de contaminação antes desse intervalo.

Quem fez transfusão de sangue pode doar? Sim, mas também após um ano de prazo. E pelo mesmo motivo: evitar o risco de transmissão de doença.

Para ser doador, é preciso pesar mais de 50 kg e ter entre 16 e 69 anos, apresentando documento de identidade com foto. Jovens de 16 e 17 anos precisam de autorização dos pais.

O doador não deve estar em jejum. Recomenda-se evitar alimentos gordurosos nas três horas que antecedem a doação.