Morre Ney Latorraca, aos 80 anos; relembre a carreira do ator

Por Flipar

Vale lembrar que o diagnóstico de câncer aconteceu em 2019, quando o ator teve que retirar a próstata. No entanto, a doença retornou em agosto deste ano com metástase.
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Com sua morte, o artista deixa o marido, o também ator Edi Botelho, com quem era casado há 30 anos. Até o momento, o local e horário do velório ainda não foram definidos e divulgados pela família.
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Nascido em Santos (SP) no dia 25 de julho de 1944, Antônio Ney Latorraca tinha a veia artística no sangue. Afinal, ele era filho de Alfredo, cantor e crooner de boates, e de Tomaza, uma corista, que se apresentavam em cassinos.
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Ney teve como padrinho de batismo o ator Grande Otelo, tendo crescido já no meio artístico. Dois anos após seu nascimento, um decreto do presidente Eurico Gaspar Dutra fechou os cassinos, o que fez com que sua família perdesse seu principal meio de sobreviver.
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Durante a infância, o artista chegou a morar em São Paulo, porém logo retornou à Santos. Por lá, prestou exame no Instituto de Educação Canadá e formou, com um grupo de amigos que lá estudavam, a banda Eldorado.
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Quando voltou para São Paulo, o ator participou da peça "Reportagem de um tempo mau", com direção de Plínio Marcos, no Teatro Arena. Contudo, a obra não entrou em cartaz por ter sido censurada pelo governo militar.
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Talentoso e com a comédia na veia, Ney estreou no teatro em 1964, em uma peça de escola chamada "Pluft, o fantasminha". O sucesso da obra ressoou, fazendo com que o artista tivesse destaque.
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No retorno à sua cidade natal, Ney Latorraca estudou na Escola de Arte Dramática e atuou em algumas peças locais. Em 1969, surgiu a primeira oportunidade na televisão, com "Super plá", na TV Tupi, e no cinema em "Audácia, a fúria dos trópicos".
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Na Tv Tupi, participou do seriado "Alô, Doçura", em 1953, da novela "Beto Rockfeller", em 1968, e fez uma participação em três capítulos da novela Super Plá, em 1969.
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Durante a década de 1970, atuou em diversas montagens teatrais. Entre elas, "Hair" (1970), "Jesus Christ Superstar" (1972), "Bodas de Sangue" (1973) e "A Mandrágora" (1975).
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Ainda, por intermédio da atriz Lilian Lemmertz, foi contratado pela Record, trabalhando em cinco novelas, que foram "O Tempo não Apaga" e "Quero Viver", ambas de 1972, "Eu e a Moto", "Vidas Marcadas" e "Venha Ver o Sol na Estrada", ambas de 1973.
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Com passagens também pela TV Cultura e na TV Record, o ator ingressou na Rede Globo em 1975, na novela "Escalada", de Lauro César Muniz, cujo elenco contava ainda com Tarcísio Meira e Susana Vieira.
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Em seguida, ao lado de Vera Fischer, interpretou uma cena de estupro em "Coração alado" (1980), a primeira em uma novela das oito. No folhetim, chamou a atenção do público por seu talento e dividiu a telinha com grandes nomes: Tarcísio Meira, Débora Duarte e Walmor Chagas.
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O ator também é lembrado por seu papel na novela "Estúpido cupido", exibida entre 1976 e 1977, na qual viveu Mederiquis, fã de Elvis Presley e líder da banda de rock Personélitis Bóis.
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Em 1978, apresentou com a atriz Djenane Machado, o musical "Saudade Não Tem Idade", onde cantava, dançava e apresentava esquetes. No ano seguinte, no musical teatral Lola Moreno, contracenou com seu padrinho Grande Otelo.
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Na sequência, fez uma participação na novela "Chega Mais" e interpretou Leandro Serrano na novela "Coração Alado". Ainda em 1980, participou da versão cinematográfica de "O Beijo no Asfalto", quando protagonizou um beijo com Tarcísio Meira.
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Quatro anos depois, marcou presença em outra minissérie da emissora, "Rabo de Saia", como intérprete do caixeiro-viajante Quequé, que tinha três mulheres. Na novela "Um Sonho a Mais", esbanjou versatilidade ao interpretar cinco personagens diferentes, entre eles uma mulher.
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Ao lado de Marco Nanini, ficou 11 anos em cartaz com a peça "O Mistério da Irma Vap", dirigida por Marília Pêra, que fez enorme sucesso pelo país.
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Deixou a Globo em 1990 para trabalhar na novela "Brasileiras e Brasileiros", do SBT. Mas o retorno à emissora carioca foi triunfal ao cair nas graças do público no papel do Conde Vlad, o chefe dos vampiros da novela "Vamp".
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Em 1994, no SBT, para fazer o remake da novela "Éramos Seis". Na sequência da carreira, encenou as seguintes peças, "O Médico e o Monstro" (1994), "Don Juan" (1995) e "Quartett" (1996). Além disso, em 1997, de volta à Globo, trabalhou na novela Zazá, como o vilão Silas Vadan.
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Em 2000, fez parte do núcleo cômico da novela "O Cravo e a Rosa", formando um engraçado e carismático trio com Maria Padilha e Eva Todor. Dois anos depois, o ator participou da novela "O Beijo do Vampiro", no papel do Conde Nosferatu.
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Além disso, atuou na minissérie "A Casa das Sete Mulheres" e em novelas como: "Da Cor do Pecado", "Bang Bang", "Negócio da China", "Meu Pedacinho de Chão" e "Império".
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Em setembro de 2017, pouco antes da estreia da temporada em São Paulo do musical Vamp, o ator anunciou que se aposentaria depois daquele trabalho. O último trabalho de Ney, portanto, foi em 2019, na série de comédia "Cine Holliúdy", da Globo.
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