O azeite, um dos principais óleos vegetais consumidos mundialmente, é extraído da azeitona, fruto da oliveira. O processo de produção do azeite, por sua vez, é altamente sensível a fatores climáticos.

A oxidação da azeitona, por exemplo, é diretamente influenciada pelas altas temperaturas. Em climas muito quentes, o fruto sofre alterações que comprometem a qualidade do produto, resultando em um azeite de menor valor agregado.

Em regiões como Jaén, na Espanha, o aumento das temperaturas tem afetado a produção de azeite premium, um dos mais requisitados no mercado internacional.

No entanto, esse ajuste de horários e métodos de colheita não resolve completamente o problema, pois as altas temperaturas constantes, inclusive nas manhãs, continuam a afetar o processo de produção.

Um dos principais motivos para essa previsão é a estabilização das condições climáticas na Europa. Depois de dois anos consecutivos de safras prejudicadas pela seca, a atual safra, que teve início em outubro de 2024, já apresenta preços mais baixos.

Por falar em qualidade, os azeites brasileiros têm se destacado cada vez mais no cenário internacional. Em 2024, a qualidade dos azeites produzidos no Brasil foi reconhecida em uma lista dos 100 melhores do mundo.

Essa conquista é especialmente relevante para o Rio Grande do Sul, uma região que, apesar de ter enfrentado grandes desafios climáticos no ano passado, tem mostrado resiliência.

A expectativa é de uma boa safra de azeitonas na região em 2025, o que pode resultar em uma produção de azeite de altíssima qualidade. Além disso, a produção de azeite no Brasil não se limita apenas ao Rio Grande do Sul. Outras regiões, como o Norte, têm se destacado.

Com o aumento da produção de azeite no país, o Brasil tem a chance de se tornar um competidor mais forte no mercado global, oferecendo produtos de qualidade superior e se posicionando como um dos principais produtores de azeite premium.

Portanto, embora o preço do azeite tenha alcançado patamares elevados em 2024, a perspectiva para 2025 é de queda, com a estabilização das condições climáticas na Europa e o aumento da produção nacional.