Guaraná, sabor brasileiro conquistou fama mundial

Por Flipar

Seu nome científico é "Paullinia cupana", e, além de ser um símbolo da cultura alimentar brasileira, tem sido utilizado por séculos tanto de forma medicinal quanto energética.
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Originário da região amazônica, o guaraná é uma planta que tem se adaptado e se espalhado por outras regiões do Brasil, especialmente na Bahia e no Amazonas, mas também em países vizinhos como Venezuela, Colômbia e Peru.
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É exportado como refrigerante ou suplemento para Argentina e Chile. Também ganhou adesão em bebidas energéticas e itens dietéticos nos EUA. E é vendido na Alemanha, França, Reino Unido e Portugal como ingrediente em refrigerantes, produtos energéticos e naturais.
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A origem do guaraná remonta à tradição indígena. Afinal, o fruto é consumido pelos povos nativos da Amazônia há séculos, sendo utilizado principalmente pelas tribos Sateré-Mawé.
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A presença de guaranina no guaraná é significativamente maior do que no café, podendo atingir até três vezes a quantidade presente nos grãos de café, o que confere ao guaraná uma ação energizante mais intensa.
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O guaranazeiro - planta que dá origem ao fruto - é um cipó que, na sua forma selvagem, pode atingir até 13 metros de altura, subindo nas árvores. Quando cultivado, torna-se um arbusto.
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Os frutos do guaraná crescem em cachos e têm uma casca vermelha que se abre quando maduros, revelando a semente preta, que possui a forma característica de um olho humano, o que alimentou diversas lendas indígenas sobre a sua origem.
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A semente, que é o principal componente utilizado, contém entre 4% e 8% de cafeína, além de outras substâncias benéficas como teobromina e teofilina, que são compostos encontrados também no chocolate e no chá, respectivamente.
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Além do uso tradicional indígena, o guaraná começou a ser explorado comercialmente no Brasil no início do século XX. O processamento do guaraná em forma de xarope teve início em 1905, por Luiz Pereira, um médico de Resende, no Rio de Janeiro.
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Em 1906, a primeira bebida feita com guaraná, o Guaraná Cyrilla, foi lançada por uma fábrica de refrigerantes de Santa Maria, no Rio Grande do Sul.
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A bebida ficou famosa, e em 1921 surgiu o Guaraná Champagne Antarctica, que ajudou a popularizar ainda mais o uso do guaraná na indústria de refrigerantes.
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Hoje em dia, o guaraná é um dos sabores mais tradicionais e consumidos no Brasil, com diversas marcas de refrigerantes e outras bebidas à base de guaraná no mercado.
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O estado da Bahia, em particular, se destaca como o maior produtor nacional, superando a Amazônia em termos de produtividade, devido a condições climáticas mais favoráveis e solos mais férteis.
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O guaraná é cultivado principalmente por pequenos agricultores, sendo uma atividade importante da agricultura familiar, e sua produção sustenta muitas famílias na região.
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O processo de propagação do guaraná é feito principalmente por enraizamento de estacas, já que a semente apresenta grande variabilidade genética, o que dificulta sua utilização para o cultivo.
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Além dos refrigerantes, o guaraná também é utilizado em diversos outros produtos industrializados, como sorvetes, cosméticos, fármacos e até mesmo no artesanato.
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Seu extrato é frequentemente incorporado a suplementos alimentares e bebidas energéticas devido ao seu efeito estimulante, sendo um ingrediente comum em produtos que buscam melhorar o desempenho físico e mental.
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O guaraná também tem uma rica composição nutricional. Ele é uma excelente fonte de ácidos tânicos, que têm propriedades antioxidantes, além de ser rico em alcaloides como a teofilina e a teobromina, substâncias que contribuem para suas qualidades estimulantes e diuréticas.
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De um uso tradicional indígena a um componente indispensável na indústria moderna, o guaraná desempenha um papel importante na cultura e na economia brasileira.
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Sua produção e consumo continuam a crescer, demonstrando todo seu valor como produto de bem-estar e também, claro, como um dos vários ícones da identidade brasileira.
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