Pesquisadores da Califórnia desenvolvem águas-vivas biônicas
Por Flipar
Eles explicaram que fizeram um implante de um dispositivo microeletrônico numa água-viva real, de modo que ela consiga nadar 4,5 metros mais rápido do que o animal normal. E vai transmitir informações sobre temperatura, salinidade e níveis de oxigênio.
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Águas-vivas sao seres que, volta e meia, se destacam na mídia. Recentemente, um pesquisador brasileiro participou de uma descoberta no Oceano Pacífico. O professor André Carrara Morandini, da Universidade de São Paulo (USP), se uniu a cientistas japoneses na identificação de uma nova espécie de água-viva.
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Essa água viva habita uma formação vulcânica chamada de Caldeira Sumisu, nas Ilhas Ogasawara, cerca de 460 km ao sul da capital Tóquio.
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A espécie recebeu o nome de medusa da cruz de São Jorge em referência ao seu formato visto de cima - que lembra a cruz vermelha da bandeira inglesa. Como toda água viva ela é transparente. Mas esta tem um estômago avermelhado.
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No Brasil, aguas vivas têm proliferado no litoral gaúcho.Desde o começo da Operação Verão no Rio Grande do Sul, em 16/12/2023, o litoral gaúcho já teve mais de 12.600 casos de lesões por água viva.
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De acordo com o Corpo de Bombeiros, a água clara e com elevação da temperatura se torna convidativa para os banhistas e ao mesmo tempo favorece a proliferação das águas vivas. E é necessário ter cuidado.
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Quando se sente ameaçada, a água-viva solta um ferrão que injeta uma substância urticante na vítima, seja animal ou pessoa.
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A pessoa ferida tem a sensação de queimadura, embora, tecnicamente, a água-viva não queime. O que ocorre, na verdade, é um envenenamento químico com toxinas. Por isso, elas são consideradas peçonhentas. E causam uma dor intensa.
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Não se deve esfregar a pele após intoxicação pela água-viva , pois isso só serve para espalhar o veneno, ainda armazenado nos tentáculos.
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Os bombeiros afirmam que não se deve usar água doce ou água da toneira. O correto é lavar a parte do corpo que sofreu a picada com água do mar ou vinagre.
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O ideal, inclusive, é pedir ajuda aos guarda-vidas. Nas guaritas, quem é queimado costuma usar vinagre para tratar a lesão. E diz que arde bastante.
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E cuidado: mesmo quando estão na areia, uma água-viva oferece o mesmo perigo. A capacidade de envenenar permanece por 24 horas após o momento em que ela fica fora da água. Nunca as manipule. Podem estar vivas, mesmo parecendo mortas.
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Existem mais de mil espécies de águas vivas pelos oceanos, em todo o planeta.No Brasil, as mais comuns são Olindias sambaquiensis, Physalia Physalis (caravela portuguesa - foto) e Chrysaora láctea
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As águas-vivas medem entre 2 centímetros e 2 metros de comprimento. Portanto, há uma variedade grande de tamanhos.
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A água-viva pode ter até 40 tentáculos, que ficam em volta da boca e auxiliam na captura do alimento.
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As águas-vivas podem comer peixes e crustáceos. Além disso, podem ter microalgas vivendo em seus tecidos e fornecendo nutrientes por meio do processo da fotossíntese.
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Especialistas afirmam que o aquecimento global, que vem chamando atenção com altas temperaturas fora de época, fazem bem às águas-vivas e aumentam a sua proliferação.
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No Sul do Brasil, várias praias registram ocorrências de águas-vivas. Uma delas é a Praia do Cassino, que aparece no topo das listas das maiores praias do mundo, pois tem incríveis 245 km de extensão.
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Portanto, é uma área de grande movimento, pois, além do banho de mar, a área oferece atrações como uma estação ecológica e um complexo eólico para geração de energia limpa, entre outros atrativos.
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Uma curiosidade é que existem águas-vivas que brilham na escuridão. Elas possuem órgãos bioluminescentes que provocam esse efeito. Mas nem todas são assim.
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Esse animal marinho tem até uma data comemorativa: 3 de Novembro é Dia Mundial da Água-Viva.