Nuvens: Entenda a formação e os diversos tipos que existem
Por Flipar
As nuvens são compostas principalmente por gotículas de água ou cristais de gelo. Também contêm pequenas partículas chamadas núcleos de condensação, como poeira, sal marinho e fumaça. Em algumas nuvens, existem gases e partículas poluentes.
- NASA
As nuvens aparecem brancas porque as gotículas de água e cristais de gelo espalham a luz solar em todas as direções. Como a luz contém todas as cores, esse espalhamento uniforme faz com que elas pareçam brancas quando vistas de baixo ou de longe.
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Nuvens escuras indicam maior densidade ou espessura, bloqueando parte da luz solar. Quando há maior concentração de água ou gelo, a luz não atravessa tão facilmente, fazendo a base parecer cinza ou preta, especialmente em nuvens de tempestade.
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As nuvens podem começar a se formar próximas ao solo, em altitudes muito baixas, como no caso do nevoeiro. Em geral, as nuvens troposféricas começam a aparecer a partir de 100 metros, dependendo da região e das condições climáticas.
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Nuvens podem se formar até aproximadamente 18 quilômetros, na tropopausa, que é a camada superior da troposfera. Em algumas condições especiais, podem ocorrer formações em altitudes ainda maiores, como as nacaradas (20 km) e notilucentes (80 km).
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As nuvens afetam a visibilidade, a turbulência, o consumo de combustível e os processos de navegação aérea. Nuvens de tempestade representam risco de ventos cortantes e granizo, enquanto as nuvens densas obrigam aeronaves a voarem acima ou ao redor delas.
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Os ventos podem ajudar a formar nuvens ao transportar umidade para áreas onde o ar sobe e resfria. Eles também influenciam no formato e deslocamento das nuvens. Ventos fortes em alta altitude podem esticar nuvens em camadas ou formar estruturas específicas, como cirros.
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Regiões tropicais e zonas costeira têm mais nuvens devido à elevada umidade e ao movimento de ar ascendente. Exemplos incluem a Amazônia. A cidade de Manaus, por exemplo, é conhecida pela chuva frequente.
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O mesmo ocorre com as regiões montanhosas, onde as nuvens também se formam com vigor. É o caso do Himalaia, onde asa condições favorecem uma formação constante de nuvens.
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Desertos como o Saara e a Antártica possuem poucas nuvens devido à baixa umidade e a padrões atmosféricos que dificultam a formação de precipitação. O ar seco impede a condensação necessária para gerar nuvens visíveis
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A chuva ocorre quando gotículas de água em nuvens se juntam e crescem até ficarem grandes e pesadas o suficiente para cair. O processo é impulsionado pela colisão e fusão de partículas, geralmente em nuvens cumulus e nimbostratus.
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Os raios ocorrem principalmente em nuvens do tipo cumulonimbus, que possuem grandes diferenças de cargas elétricas entre as camadas superior e inferior. Descargas elétricas são liberadas quando a tensão excede o limite atmosférico, criando relâmpagos.
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Nuvens refletem luz solar, contribuindo para o resfriamento terrestre, mas também retêm calor, promovendo o efeito estufa. Seu impacto depende do tipo, cobertura e altitude, desempenhando papel-chave no equilíbrio climático global.
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Veja agora os principais tipos de nuvens que existem e saiba quais as características de cada uma.
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Cirros - São nuvens altas, geralmente acima de 6.000 metros, formadas por cristais de gelo. Aparecem como filamentos finos, delicados e esbranquiçados, frequentemente em formas que lembram fios de cabelo. Indicam mudanças climáticas quando se acumulam.
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Cirrostratos - nSão véus finos e quase transparentes que cobrem grandes áreas do céu. Formados também por cristais de gelo, podem produzir halos em torno do Sol ou da Lua. Estão a altitudes elevadas e indicam chegada de chuva ou neve em breve.
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Cirrocúmulos - Formam-se em altos níveis e parecem flocos pequenos, como "ovelhas" no céu. São compostos por cristais de gelo, frequentemente dispostos em padrões regulares. Representam condições estáveis, sem chuvas.
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Altostratos - Situam-se entre 2.000 e 6.000 metros, cobrindo o céu em tons de cinza claro ou azul-acinzentado. São mais densos que cirrostratos, podendo esconder parcialmente o Sol. Indicam chuva moderada ou neve se evoluírem.
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Altocúmulos -mSão nuvens médias em formato de blocos ou "bolhas" arredondadas que se agrupam, por vezes parecendo rolos ou camadas com espaços entre elas. Indicam mudanças climáticas próximas e podem surgir antes de tempestades.
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Estratos - Localizam-se em altitudes baixas, cobrindo o céu de maneira uniforme, como um nevoeiro elevado. São cinzentos e densos, bloqueando parcialmente a luz solar. Podem produzir chuviscos leves, mas normalmente não causam tempestades.
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Estratocúmulos - Formam-se em níveis baixos como massas arredondadas dispostas em camadas contínuas. Sua aparência é mais irregular do que a dos estratos e frequentemente se alternam entre zonas de sombra e claridade. Geralmente não causam chuva forte.
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Nimbostratos - São nuvens espessas e escuras que cobrem o céu completamente em tons cinzentos. Estão associadas a precipitações contínuas, como chuva ou neve, que podem durar horas. Podem se estender desde níveis baixos até médios.
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Cúmulos - São nuvens brancas e fofas, com bases planas e topos que se desenvolvem verticalmente. Parecem "algodões" no céu e se formam em dias claros, geralmente sem precipitações. Podem evoluir para nuvens de tempestade se crescerem muito.
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Cumulonimbus - São nuvens de grande desenvolvimento vertical, parecendo "torres" com topos achatados em forma de bigorna. Associadas a tempestades, raios, ventos fortes e até tornados. Podem alcançar altitudes acima de 15 km.
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E um fenômeno muito curioso está entre as formações mais incríveis do planeta. Trata-se das Nuvens de Kelvin-Helmholtz. Esse tipo de nuvem surge quando duas camadas de ar com diferentes densidades e velocidades se encontram. A camada superior, geralmente mais rápida e menos densa, "rola" sobre a camada inferior, criando as ondulações.