‘Invasão’ de mexilhões-verdes na Baía de Guanabara preocupa especialistas

Por Flipar

O estudo, liderado pelo doutorando Alain Póvoa e supervisionado pelo professor Dr. Abilio Soares Gomes, analisou organismos incrustantes encontrados em resíduos sólidos, principalmente plásticos, coletados em praias de Niterói.
Ana Mercedes Gauna / Wikimedia commons
Esses organismos, muitos deles filtradores, influenciam as cadeias alimentares ao servirem tanto como consumidores quanto como alimento para espécies locais.
Flickr Manoel Moraes
"A gente viu outros organismos também, que cruzam esse lixo e que são altamente invasores, com um grande potencial de invasão", disse o professor Abilio Soares ao portal IG.
wikimedia commons/creative commons/Lucimara de Sousa Facciolla
"Ou seja, são organismos exóticos que se fixam no lixo. Inclusive, alguns desses, como o próprio mexilhão-verde, podem ter colonizado esse lixo aqui mesmo, na Baía de Guanabara?, acrescentou.
wikimedia commons/creative commons/Chaloklum Diving
O mexilhão-verde já foi encontrado em várias partes da Baía de Guanabara preso em garrafas plásticas, reforçando a tese de que resíduos sólidos podem facilitar sua disseminação.
domínio público/Angela Boyer/USFWS
Esse molusco bivalve (possuem duas conchas que se completam) se alimenta de algas microscópicas e materiais em suspensão na superfície do mar.
flickr - NOAA Great Lakes Environmental Research Laboratory
O mexilhão-verde vive em costas marinhas, superfícies rochosas e áreas de água doce.
Engin Akyurt/Pixabay
Seus predadores naturais incluem estrelas-do-mar, caranguejos e caramujos.
wikimedia commons/Geraldo da Silva Souza
Embora ainda não represente um problema grave, o mexilhão-verde deve ser monitorado, pois, como espécie invasora, pode deslocar espécies nativas, como o mexilhão-marrom, causando desequilíbrios no ecossistema local.
inaturalist/Valentin Hamon
O descarte inadequado de resíduos e o transporte marítimo são fatores determinantes para esse fenômeno, com a poluição das praias ainda sendo um dos maiores agravantes para as condições da Baía de Guanabara.
reprodução/tv record
Apesar de ações do poder público para diminuir o volume de esgoto doméstico, o professor ressalta que "a quantidade de lixo na Baía de Guanabara não diminuiu e o lixo continua sendo um dos principais problemas ambientais."
Adriano Gadini/Pixabay
"A questão do lixo está diretamente ligada ao saneamento público, pois envolve a coleta eficiente de resíduos. A quantidade de lixo gerada diariamente é enorme. Se a coleta fosse feita corretamente, não haveria tanto lixo acumulado?, pontuou Abilio.
reprodução/tv record
"Até pouco tempo atrás, existia na Baía de Guanabara o lixão de Gramacho, onde os caminhões despejavam os resíduos. Esse lixão foi desativado. Hoje, no município do Rio de Janeiro, esse problema não existe mais. Porém, a falta de coleta adequada ainda persiste em outros municípios?, concluiu.
reprodução/tv record

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