Espécie de aranha tem comportamento incomum e intriga cientistas
Por Flipar
Diferentemente da maioria das aranhas, que são solitárias e até canibais, a Stegodyphus dumicola vive em colônias compostas por dezenas até centenas de indivíduos.
Bernard DUPONT/Wikimédia Commons
Segundo os estudos, o comportamento das aranhas sociais africanas varia drasticamente ao longo do tempo, influenciado por fatores como fome e ambiente.
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O estudo, publicado na revista Animal Behaviour, acompanhou 28 colônias por quatro meses (cerca de um terço da vida das aranhas) e analisou três comportamentos: reação a ameaças, fuga e caça coletiva.
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Os cientistas marcaram as aranhas individualmente com tinta para monitorar seus comportamentos, mas descobriram que qualquer padrão consistente durava pouco tempo.
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Os resultados mostraram que, embora algumas aranhas apresentassem padrões temporários, suas ações mudavam radicalmente, sem relação com comportamentos anteriores.
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Fatores como fome e mudanças ambientais parecem ser os principais influenciadores das atitudes individuais, tornando impossível prever ações com base em observações anteriores.
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A ausência de personalidade fixa entre os indivíduos parece facilitar a vida cooperativa e igualitária nas colônias.
Reprodução do Facebook Jarrod's Guide to Spiders, Bugs & the small world around us
Todos colaboram na criação dos filhotes e na caça, e chegam a se sacrificar por crias que não são suas, o que reforça a ideia de um sistema social baseado na necessidade e na flexibilidade, e não em papéis sociais definidos ou hierarquias.
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Segundo a pesquisadora Lena Grinsted, líder do estudo, as descobertas questionam a ideia de que personalidades individuais são essenciais para a evolução de espécies sociais.
Reprodução de instagram @buddha_bugs
Na prática, essas aranhas demonstram uma forma de organização mais estável do que a dos próprios humanos hippies que inspiraram a comparação.
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As aranhas sociais africanas são nativas das regiões áridas e semiáridas do sul da África, como a Namíbia e a África do Sul.
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Essas aranhas constroem teias comunais complexas em arbustos ou árvores, formando estruturas que podem abrigar centenas de indivíduos.
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Cada colônia pode durar anos, com múltiplas gerações convivendo simultaneamente.
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As colônias são compostas principalmente por fêmeas, que trabalham juntas para construir e reparar a teia, capturar presas e cuidar da prole.
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As aranhas caçam juntas, capturando presas que seriam muito grandes para uma aranha solitária.
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Quando uma presa é capturada pela teia, várias aranhas a envolvem rapidamente e injetam enzimas digestivas.
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As fêmeas produzem sacos de ovos e protegem seus filhotes até que eles estejam prontos para eclodir. Depois que os filhotes nascem, a mãe se sacrifica, permitindo que eles a devorem num processo chamado matrifagia.
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Esse comportamento garante que os jovens tenham nutrientes suficientes para se desenvolverem antes de se integrarem à colônia.
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O estudo dessa aranha tem sido importante para a biologia evolutiva e o entendimento da socialidade em animais invertebrados.
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