Chico Buarque processa Ratinho por declarações envolvendo a Lei Rouanet

Por Flipar

Ratinho disse que Chico ?bebe champanhe, come caviar e pega dinheiro da Lei Rouanet?. A fala foi considerada ofensiva e infundada, já que o artista nunca foi beneficiado pela lei em questão. A Justiça abriu prazo para que o comunicador apresente provas ou publique uma retratação oficial.
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Chico Buarque busca, por meio dessa medida, proteger sua reputação e combater a desinformação sobre a Lei Rouanet. O processo reforça a importância da responsabilidade pública em tempos de fake news.
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Um dos mais importantes artistas brasileiros, o compositor, cantor e escritor Chico Buarque de Hollanda comemorou 81 anos em 19/06/2025.
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Francisco Buarque de Hollanda nasceu no Rio de Janeiro em 1944. Ele é o quarto de sete filhos do historiador Sérgio Buarque de Hollanda (1902 - 1982), autor do clássico ?Raízes do Brasil?, e da pintora e pianista Maria Amélia Cesário Alvim (1910-2010)
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Na infância, Chico morou com a família em São Paulo e na Itália - país em que iria se exilar anos mais tarde, entre 1969 a 1970, após o recrudescimento da ditadura militar com a edição do AI-5 no fim de 1968.
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Nos anos 60, quando estudava na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), da USP, Chico iniciou sua carreira musical e largou o curso no terceiro ano.
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Em 1965, o artista teve seu primeiro registro em disco com compacto simples pela RGE que trazia as canções ?Pedro Pedreiro? e ?Sonho de Um Carnaval?.
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Chico Buarque começou a fazer sucesso em 1966, ao vencer o II Festival de Música da Record com a canção ?A Banda?. Ele dividiu o palco com Nara Leão e o prêmio com ?Disparada?, de Geraldo Vandré e Theo de Barros, interpretada por Jair Rodrigues.
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No mesmo ano, lançou seu primeiro LP, ?Chico Buarque de Hollanda?. A capa do disco, que traz duas fotos de Chico, uma rindo e outra com expressão séria, virou meme nos últimos anos na internet.
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Em quase 60 anos de carreira, Chico Buarque lançou 37 álbuns de estúdio, além de mais de duas dezenas entre gravações ao vivo de shows e coletâneas.
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Entre os mais importantes está ?Construção?, de 1971, com faixas compostas entre o período de exílio na Itália e o retorno para o Brasil. O álbum aparece na terceira colocação em eleição dos cem maiores discos da música brasileira da revista Rolling Stones.
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Chico foi um dos compositores mais censurados pela ditadura militar (1964 - 1985). Não foram poucas as canções que tiveram versos alterados por ordens do censores, como ?Samba de Orly?, parceria com Toquinho e Vinícius de Moraes, ?Partido Alto? (foto) e ?Tanto Mar?, canção alusiva à Revolução dos Cravos, em Portugal.
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Algumas músicas de Chico, em composição solo ou parceria, se tornaram hinos contra a ditadura. Exemplos de ?Cálice?, com Gilberto Gil e ?Apesar de Você?.
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O artista esteve presente na Passeata dos Cem Mil, manifestação contra a ditadura, no Rio de Janeiro, em 26 de junho de 1968.
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Diante do cerco às suas obras, em 1974 o artista lançou o álbum ?Sinal Fechado?, em que interpreta canções alheias, de Tom Jobim, Caetano Veloso, Paulinho da Viola e outros emblemas da MPB.
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Entre as faixas do disco, havia ?Acorda Amor?, parceria de um tal Julinho de Adelaíde com Leonel Paiva. Eram, na verdade, dois pseudônimos criados por Chico para tentar driblar a censura.
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Chico também ganhou notoriedade como compositor para trilhas sonoras de filmes, como ?Dona Flor e Seus Dois Maridos? (adaptação de Bruno Barreto para romance de Jorge Amado, em 1976) e ?Bye Bye Brasil? (de Cacá Diegues, em 1979).
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Entre os parceiros mais frequentes de Chico Buarque em canções estão Tom Jobim (o seu ?maestro soberano?), Edu Lobo e Francis Himes. Ao lado de Tom, ganhou o Festival Internacional da Canção de 1968 por ?Sabiá?, interpretada pelas irmãs Cynara e Cybele, do Quarteto em Cy.
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A partir dos anos 90, Chico dividiu a carreira de compositor e cantor com a de escritor. Em 1991, publicou o romance ?Estorvo?, que venceu o Prêmio Jabuti de Melhor Romance no ano seguinte e recebeu uma adaptação para o cinema.
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De lá para cá, ele lançou mais cinco romances (?Benjamin?, ?Budapeste?, ?Leite Derramado?, ?O Irmão Alemão? e ?Essa Gente?), além do livro de contos ?Anos de Chumbo?, e venceu o Prêmio Camões (2019), o mais importante da literatura em língua portuguesa. No período, Chico lançou discos em média a cada cinco anos.
Ricardo Stuckert
Em 1998, Chico Buarque foi tema do enredo da Mangueira, sua escola do coração, no Carnaval do Rio de Janeiro. Com ?Chico Buarque da Mangueira?, a Verde-e-Rosa encerrou jejum de 11 anos e conquistou o 17º título de sua história.
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Seu último álbum de inéditas foi ?Caravanas?, de 2017. Em 2022, lançou o single ?Que Tal um Samba??, tema de uma turnê que fez na sequência ao lado da cantora Mônica Salmaso.
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Uma das grandes paixões de Chico Buarque é o futebol. Ele é torcedor do Fluminense e comparece em jogos do clube no Maracanã.
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O compositor tem um campo no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio de Janeiro, onde está sediado o Polytheama, time que fundou e conta com uniforme e até hino. No local, ele promove partidas com amigos.
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Chico Buarque foi casado por 33 anos, de 1966 a 1999, com Marieta Severo. Com a atriz, teve as filhas Silvia (atriz nascida durante o exílio do cantor na Itália), Helena e Luísa.
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O artista tem seis netos, entre eles o músico Chico Brown e a atriz Clara Buarque (filhos de Carlinhos Brown com Helena Buarque).
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Em 2021, o compositor casou-se com a advogada Carol Proner em um cartório de Petrópolis, no Rio de Janeiro.
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