Arqueólogos descobrem cidade submersa no Quirguistão

Por Flipar

A pesquisa envolveu especialistas do Instituto de Arqueologia da Academia Russa de Ciências e do Instituto B. Dzhamgerchinov. Juntos, eles mapearam áreas submersas do lago Issyk-Kul ao longo de 2025. A missão buscou compreender como um assentamento medieval floresceu e depois afundou. Ciência, tecnologia e história de mãos dadas em uma investigação sem precedentes.
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Outra equipe concentrou-se nos petróglifos próximos à vila de Ornok, na margem norte, e daí foram criados ortofotomapas e modelos fotogramétricos detalhados. Um Sistema de Informação Geográfica reuniu todos os dados coletados, o que servirá para que esse acervo digital seja fundamental para conservação e estudos posteriores.
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Segundo comunicado oficial, o sistema desenvolvido permitirá criar a primeira cópia digital integral dos monumentos da região, assegurando que seu valor histórico seja preservado contra erosão e perda cultural. A proposta une arqueologia e inovação tecnológica em benefício da memória histórica. O projeto, aliás, é pioneiro na Ásia Central.
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Entre setembro e outubro, os trabalhos se concentraram em Toru-Aygyr, no noroeste do lago, onde o sítio reúne restos de uma grande aglomeração medieval. A cidade prosperou entre os séculos 10 e 13, mas afundou no século 15, possivelmente por causas tectônicas, ambientais ou ligadas ao nível das águas.
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No primeiro sítio explorado, destacaram-se edifícios de tijolos cozidos, e a equipe ampliou o modelo fotogramétrico do chamado Sítio 9. Lá foi recuperado um elemento arquitetônico único em tijolo que sugere a existência de um edifício público de destaque, possivelmente decorado.
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O segundo sítio revelou uma necrópole muçulmana dos séculos 13 e 14, com área de cerca de 300 por 200 metros, e que está fortemente erodida. Algumas sepulturas, aliás, expõem esqueletos devido à ação das águas. A orientação dos corpos, aliás, confirma o rito islâmico voltado para Meca.
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Para evitar destruição total, duas sepulturas foram trazidas à superfície, uma masculina e outra feminina, que serão estudadas em detalhe. Os restos mortais, por sua vez, permitirão análises antropológicas profundas em ação que virá de encontro à preservação de fragmentos da vida medieval submersa.
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O terceiro sítio mostrou que o assentamento se expandiu para o sul, onde foram encontradas três sepulturas de um cemitério mais antigo, cujo espaço foi recoberto por novas estruturas do povoado. A descoberta indica, assim, mudanças no uso do território ao longo dos séculos.
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O quarto sítio, na porção oeste, revelou águas rasas com estruturas retangulares bem preservadas. A conservação foi favorecida pela profundidade reduzida, em que arqueólogos realizaram perfurações subaquáticas com o objetivo de obter uma coluna estratigráfica para estudo.
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O uso de robôs subaquáticos foi decisivo para o sucesso, pois o monitoramento em tempo real eliminou falhas de cobertura, enquanto a tecnologia permitiu operações contínuas e seguras. A arqueologia, desse modo, ganha novas ferramentas para explorar ambientes extremos.
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A expedição reuniu especialistas de diferentes países que colaboraram para o fortalecimento da pesquisa e ampliação de perspectivas. O trabalho conjunto garante maior rigor científico, e o projeto se torna exemplo de integração acadêmica global.
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Os pesquisadores afirmam que cada nova temporada trará mais descobertas a fim de que ocorra com precisão a reconstituição da cidade medieval submersa. Com tecnologias inovadoras que permitem avançar sem destruir o patrimônio, Toru-Aygyr se consolida como referência mundial em arqueologia subaquática.
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