Maior predador aquático da América do Sul, ariranha gigante ressurge após 40 anos
Por Flipar
A presença confirmada desse grande mustelídeo revela um avanço importante para a biodiversidade sul-americana, já que sua atuação como predador ajuda a restabelecer o equilíbrio natural dos pântanos.
- Flickr Roger Sargent
Esse retorno só se concretizou graças ao trabalho coordenado por diversas instituições, sob liderança da Rewilding Argentina.
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Desde 2017, a organização de conservação sem fins lucrativos conduz um amplo esforço de resgate e reintrodução da espécie no país.
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O projeto precisou de uma logística complexa, acordos internacionais e manuseio especializado para reintroduzir a espécie.
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A primeira família foi solta no Parque Nacional Iberá, local que se estabeleceu como um modelo global de restauração de fauna na América do Sul.
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O processo de reintrodução exigiu planejamento cuidadoso, incluindo a seleção de casais para reprodução e adaptações comportamentais antes da libertação.
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Para que tudo funcionasse, foi necessária a construção de estruturas de quarentena específicas, além de um monitoramento contínuo após a soltura.
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Também houve treinamento para que os animais voltassem a identificar e capturar presas nativas.
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Além disso, o aumento nos avistamentos está incentivando a criação de novos percursos para guias locais, ampliando o retorno econômico gerado pelo ecoturismo.
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Sua distribuição geográfica abrange biomas do Brasil (Amazônia, Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica), o leste dos Andes até o norte da Argentina.
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Elas vivem em ambientes de água doce, como rios e lagos de pouca correnteza, que muitas vezes inundam sazonalmente.
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É um animal extremamente comunicativo: emite uma grande variedade de sons para alertar sobre perigos, coordenar atividades e reforçar laços sociais.
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Como predador de topo na cadeia alimentar, sua dieta é carnívora, baseada principalmente em peixes, mas também pode incluir crustáceos e moluscos.
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Ocasionalmente, pode incluir pequenos vertebrados, como mamíferos, ovos, aves aquáticas, e até mesmo presas maiores como tartarugas, cobras e jacarés.
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A espécie é territorial e marca as margens dos rios com secreções odoríferas, deixando claro aos rivais os limites de seu espaço.
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Apesar de sua agilidade e força, a ariranha enfrenta sérias ameaças, como destruição de habitat e a contaminação dos rios por mercúrio devido ao garimpo.