Órgão da OMS identifica potencial cancerígeno em herbicida usado em lavouras no Brasil
Por Flipar
A reclassificação foi feita pela Agência Internacional de Pesquisas sobre o Câncer (IARC), órgão da Organização Mundial da Saúde (OMS).
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Trata-se da atrazina, usada em diversas culturas como abacaxi, cevada, milho, soja e cana-de-açúcar.
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O composto permaneceu por décadas sem classificação definida quanto ao risco de provocar tumores por falta de evidências conclusivas.
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A pesquisa foi fruto do trabalho de 22 pesquisadores internacionais, entre eles a brasileira Cassiana Montagner, da Unicamp.
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A mudança de categoria significa que qualquer grau de exposição passa a ser considerado arriscado.
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Outros órgãos como Anvisa e Ibama, por sua vez, afirmam que mudanças só podem ocorrer após um processo formal de reanálise, que ainda não foi iniciado.
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Os especialistas são organizados em quatro grupos que analisam a exposição humana, a capacidade de provocar câncer em humanos e animais, e os mecanismos moleculares envolvidos.
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"Não é uma evidência catastrófica, que daí justificaria classificá-lo como classe 1. Mas, no caso do grupo 2A, seria assim: 'É carcinogênico, temos todas as evidências para a carcinogenicidade", explicou a pesquisadora brasileira.
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Segundo ela, "ações precisam ser tomadas para diminuir a exposição humana a esse composto".
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"A gente tem todos esses dados que mostram que nós, seres humanos, não só os agricultores, estamos expostos?, pontua Cassiana.
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Desde 2003, diversos países da União Europeia já não fazem uso da atrazina por razões ambientais.