Por monica.lima

Rio - As encomendas da GE no Brasil alcançaram US$ 4,4 bilhões em 2014, o que representa a duplicação do negócio da empresa nos últimos quatro anos. Em 2010, as vendas somaram US$ 2,3 bilhões. Em relação a 2013, o crescimento foi de 5%. Segundo a companhia, o resultado é “reflexo de investimentos constantes e de uma gestão focada no longo prazo.”

O desempenho positivo do país ampliou a participação do Brasil nos resultados da GE na América Latina nos últimos dez anos. Nesse período, as operações locais passaram a responder por quase 50% do volume de negócios da região, se consolidando ainda como terceiro maior mercado da GE em todo o mundo, perdendo apenas para Estados Unidos e China.

No ano passado, a GE inaugurou o seu primeiro Centro de Pesquisa Global na América Latina, no Rio de Janeiro — com investimentos de mais de US$ 500 milhões — e ampliou a GE Celma, em Petrópolis (RJ), umas das principais unidades mundiais de reparo e manutenção da empresa no mundo, que se tornou a única fora dos EUA habilitada a fazer montagem de turbinas aéreas da GE.

A empresa ainda programa investimentos de US$ 100 milhões para ampliar a planta de Petrópolis, que poderá revisar mais de 500 motores aeronáuticos de grande porte até 2020.

Já o Centro de Pesquisa atuará na parceria anunciada na quarta-feira pela GE de patrocínio à Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa). O contrato, válido até 31 de dezembro de 2016, vai além do investimento para ter a marca da empresa exibida durante as competições oficiais da entidade e nos uniformes e embarcações das equipes. O objetivo é melhorar o desempenho técnico e físico dos atletas, com a ajuda da tecnologia, visando à conquista de medalhas nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.

“Pela primeira vez, vamos usar a tecnologia em benefício dos atletas. Através da análise diversos dados, vamos, nos treinamentos, ajudar a melhorar a performance dos competidores. Essa é a quarta equipe que patrocinamos, as três primeiras foram pela primeira vez ganhadoras da medalha de ouro nas Olimpíadas”, diz o presidente e CEO da GE para a América Latina, Reinaldo Garcia.

“O sistema consiste basicamente em um sensoriamento das embarcações com giroscópio, acelerômetro, magnetômetro, GPS (...) para medir a intensidade da remada dos atletas, velocidade da embarcação e direção. E, a partir da análise dessas informações, combinadas com dados biométricos dos atletas, a gente conseguirá identificar tendências e padrões em tempo real”, complementa o líder da área de Software & Produtividade do Centro de Pesquisas da GE no Brasil, Marcelo Blois.

Segundo ele, tudo será gerido pelo técnico das equipes a partir de uma aplicativo. “A aplicação da tecnologia confirma a vocação do Centro, que é resolver problemas do Brasil”, destaca.

Desde 2005, a GE tem acordo com o Comitê Olímpico Internacional (COI) para patrocínio das Olimpíadas, com ações envolvendo, principalmente infraestrutura. Nesse período, a empresa já conquistou US$ 1 bilhão com as soluções dedicadas aos Jogos. Para o evento de 2016, já são 50 projetos concluídos ou em execução, e a expectativa da empresa é chegar a 100. Há quatro Jogos Olímpicos, além de patrocinar os eventos, a empresa apóia também uma equipe local, mas é a primeira vez que o uso da sua tecnologia é empregado.

América Latina também cresce

O desempenho positivo se estende por toda a América Latina. De 2010 a 2014, a GE também ampliou em mais de 60% o volume de seus negócios industriais na região. Só em 2014, a companhia recebeu US$ 9 bilhões em pedidos nas suas divisões do setor industrial, montante 1% superior do que no ano anterior. Adiciona-se a este número mais de US$ 1,5 bilhão de faturamento do setor financeiro da GE na região em 2014.

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