Por bruno.dutra

Preocupante perceber que somente 43% das residências brasileiras têm banda larga em casa. São 27 milhões de lares. É um privilégio, considerando que se trata de uma ferramenta fundamental para ‘a ordem e o progresso’ de todos. Como é de se esperar, a distribuição dos recursos é sempre um problema. A banda larga está presente em 98% das casas da chamada classe A. Na classe B, o percentual cai para 80%. Daí, vai ladeira abaixo: despenca para 49% na classe C. Nas classes D e E, somente 8% têm banda larga em casa.

Esses dados representam um desafio para governo e operadoras e, por outro lado, uma oportunidade para quem se dispuser a realmente democratizar o acesso. Não faltam lacunas. O acesso de lares à internet chega a 48% nas áreas urbanas, e somente a 15% nas áreas rurais. O acesso móvel é a solução, até porque a implementação da última milha (ou o trecho final de infraestrutura para levar a rede aos clientes) é sempre uma grande dificuldade.

Nesse aspecto, diz Ana Paula Lobo, do Convergência Digital, as classes C, D e E ainda têm muito a crescer. A maior parte desses usuários ainda mantêm seus feature phones, aqueles aparelhos mais modestos, que não permitem acesso à internet. No total, temos 156 milhões de acessos via banda larga, de acordo com números de maio divulgados pela Telebrasil.

Sempre alerta

Os EUA continuam tensos com possibilidades de ataques terroristas — o que é legítimo — mas suas autoridades exageram. No último domingo, a agência de transporte aéreo (TSA) informou que aparelhos eletrônicos não serão admitidos em voos com destino aos EUA, caso eles estejam com bateria descarregada e, portanto, não possam ser ligados quando solicitados pelas autoridades competentes. Deveras estranho, ou não?

A TSA tem medo de que estejam surgindo novos artefatos terroristas, e a eterna vigilância é a única arma para evitar surpresas. O alerta da agência deixa claro para os passageiros: “Durante a inspeção de segurança, os agentes poderão pedir que seus proprietários liguem seus aparelhos eletrônicos”.

Isso significa que, se você é meio distraído e costuma deixar seus dispositivos sem bateria, é melhor você ficar ligado. Com trocadilho.

Cuidado com os seus boletos bancários

Como de costume, os pilantras eletrônicos continuam se multiplicando. O mais recente golpe, descoberto pela RSA, divisão de segurança da EMC, altera boletos bancários de pelo menos 34 bancos, transferindo a grana de inocentes para contas dos salafrários. Pelos cálculos iniciais, uns R$ 8,7 bilhões já teriam sido desviados ilegalmente entre fevereiro e maio passados — e boa parte dessa bolada seria de correntistas brasileiros.

Assim como em outros tantos golpes via internet, a gangue se aproveita de falhas de segurança no sistema operacional Windows, da Microsoft, e da desatenção do usuário. Com a instalação de um programa malicioso, os criminosos conseguem controlar à distância as máquinas das vítimas. Eles interceptam os pagamentos feitos através de boletos e redirecionam o dinheiro para onde bem entendem.

Para a vítima, está tudo correto. Ela está certa de que pagou tal conta, e só sabe que foi ludibriada quando o credor começa a reclamar. Depois do cartão de crédito, os boletos bancários são a forma de pagamento mais utilizada pelo consumidor brasileiro na internet.

Alguém aí se habilita?

Uma dica para a rapaziada: Google, Facebook e Twitter estão com 40 vagas abertas, no total, principalmente em São Paulo. Há chances para o pessoal de finanças, Android, engenharia de software, vendas etc. Inglês é fundamental. Vale correr atrás.

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