Por monica.lima
Nascido há quatro anos como espaço de convergência das variadas linguagens que compõem a música contemporânea, o Festival Novas Frequências é hoje referência quando o assunto são as tendências musicais. Fruto da parceria entre os produtores culturais Chico Dub e Tathiana Lopes, o Novas Frequências tem como objetivo mostrar as produções de destaque da música de vanguarda. Em sua 4ª edição, o festival internacional reúne 33 atrações de 11 países diferentes a partir da próxima segunda-feira, dia 01, até domingo, dia 14, no Rio. Quatro vezes maior que no último ano, o evento, que antes acontecia no Oi Futuro Ipanema, agora integra outros cinco espaços da cidade: Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto, Casa Daros, Audio Rebel, La Paz e POP - Polo de Pensamento Contemporâneo. Considerado o Melhor Festival do Rio de acordo com o Prêmio Noite Rio 2013, o Novas Frequências tem como diretriz só apresentar atrações internacionais inéditas no país. No caso dos artistas nacionais, a curadoria prima por apresentações que nunca ocorreram antes na cidade, revelando a produção ainda pouco conhecida de vários cantos do país.
O pianista ucraniano Lubomyr Melnyk%2C criador da “música contínua”%2C se apresenta no festival se apresenta no Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto%2C no dia 03Fabio Lugaro

Sempre em busca de artistas que rompem com fronteiras pré-estabelecidas em busca de novas linguagens sonoras, a programação do festival engloba shows, performances resultantes de residências artísticas, oficinas, festas, sound walks e discussões sobre música contemporânea, seu processo criativo e mercado, apresentando um panorama da música experimental.

“Inicialmente, eu e o Chico identificamos no Rio uma dificuldade de produzir artistas que circulassem pela música experimental. Depois de pesquisar mais, descobrimos que o Brasil como um todo é carente de eventos que apresentem essas atrações. A partir daí, procuramos artistas que propõem novos formatos para mostrar o que está sendo produzindo no mundo. O festival se estruturou principalmente por consolidar um formato que estava faltando”, explica Tathiana Lopes, uma das organizadoras do evento.
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A 4ª edição do Novas Frequências possui diversos eixos curatoriais que se cruzam e estabelecem novas conexões. Entre atrações está o novo projeto do escocês William Bennet, o “Cut Hands”, que mistura techno e noise com percussão de rituais do Haiti. O artista se apresenta no La Paz no dia 05, às 23h.
Um dos mais conhecidos nomes da “música celestial”, o norte-americano Laraaji mistura produções da Índia e outras regiões do Oriente formando um ritmo único. Sua apresentação acontece dia 11, às 21h, no Oi Futuro Ipanema. Além do show, o músico também apresentará o workshop “Laughter Meditation”. Durante a prática, o artista ensina a utilizar o riso de forma consciente em função de seus múltiplos benefícios à saúde.
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Outros destaques desta edição se debruçam sobre uma abordagem diferente em relação a instrumentos musicais ocidentais. Entre eles, o pianista ucraniano Lubomyr Melnyk, criador da “música contínua”, uma linguagem para piano que estabelece um fluxo contínuo e ininterrupto de som. O músico, considerado o pianista mais rápido do mundo, se apresenta no Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto no dia 03, às 20h.
Já a “caminhada silenciosa”, da artista plástica paulistana Vivian Caccuri também é um dos destaques deste ano. A performance se estrutura em itinerário urbano para um grupo de quinze a vinte pessoas, que durante oito horas caminham sob voto de silêncio. O grupo é guiado pela artista por lugares com sons interessantes e acústicas incomuns. Especialmente para o Novas Frequências, Vivian vai desenvolver uma caminhada silenciosa inédita em torno dos bairros do Humaitá e Botafogo, zona Sul da cidade. Mariana Pitasse (mariana.pitasse@brasileconomico.com.br)
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ONDE ASSISTIR

A 4ª edição do festival acontece de 01/12 a 14/12, no Oi Futuro Ipanema, Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto, Casa Daros, Audio Rebel, La Paz e POP - Polo de Pensamento Contemporâneo. Mais infos: www.novasfrequencias.com
O universo de bonecos do Giramundo ocupa Itaú Cultural
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Na 21ª edição da série “Ocupação”, produzida pelo Itaú Cultural, o grupo de teatro de bonecos Giramundo será o homenageado da vez. Referência no país, o grupo foi criado em 1971, em Belo Horizonte, por Álvaro Apocalypse, Terezinha Veloso e Maria Antonieta Vivacqua, a Madu. A exposição,que revela todos os detalhes da trajetória da companhia, abre ao público amanhã e segue até 11 de janeiro.
Pensado para a mostra, o espaço expositivo se transformou em um círculo. Com intuito de reproduzir o ateliê do grupo, um dos módulos da exposição apresenta o processo criativo e construtivo das marionetes. Pés, mãos, cabeças e protótipos de mecanismos são expostos para ilustrar essa parte.
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Além disso, são destacados detalhes da formação de marionetistas na escola da companhia e à preservação de seu acervo no Museu Giramundo, que o consagra como um dos mais importantes centros de pesquisa e referência em teatro de bonecos do país.
A exposição é integrada à programação especial do Itaú Cultural “Fim de Semana em Família”, que conta com encenações dos maiores espetáculos da companhia, num palco móvel, dentro do próprio espaço expositivo da Ocupação.
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ONDE ASSISTIR

O Itaú Cultural fica na Avenida Paulista, 149, na altura da Estação Brigadeiro do Metrô, em São Paulo.
Arte vanguardista portuguesa em cartaz no Oi Futuro
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O “25 de abril”, como os portugueses lembram a Revolução dos Cravos, não devolveu somente a democracia a Portugal. Um grupo de artistas que surgiu após a Revolução recolocou o país no mapa da arte contemporânea e revitalizou a cena artística do país. A exposição “Marulhar: artistas portugueses contemporâneos”, em cartaz no Oi Futuro, no Rio de Janeiro, oferece ao público a possibilidade de conhecer o trabalho dessa geração.
Durante a revolução, as poucas galerias de arte existentes em Portugal ficaram fechadas. Para o curador Delfim Sardo, o grupo representou uma ruptura estética em relação aos artistas mais relevantes da década de 80, como Julião Sarmento e Pedro Cabrita.
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Para representar esse período de liberdade criativa e retomada da ligação de Portugal com o Brasil, foram selecionadas obras dos artistas Rui Toscano, Daniel Malhão, Alexandre Estrela e João Onofre, entre outros. Quase todos têm em comum a condição de imigrantes. O Oi Futuro fica na Rua Dois de Dezembro, 63, no Flamengo, no Rio.
NOTAS
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Amilcar de Castro no MAM-Rio
Está em cartaz no MAM-Rio, a exposição “Amilcar de Castro". Em formato de uma grande retrospectiva da obra do artista mineiro, a mostra, que tem curadoria de Paulo Sergio <CW-22>Duarte, apresenta 62 obras produzidas entre os anos de 1960 e 2001.
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Mostra de cinema alemão no IMS-RJ
Até o dia 03/12, o cinema do Instituto Moreira Salles exibirá a mostra alemã de documentários “Doku.Arts”. Entre os diretores escolhidos estão Hitchcock, Haneke e Chris Marker.
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Nova biografia de Prestes nas livrarias
A obra do professor titular da Universidade Federal Fluminense (UFF) oferece um relato biográfico equilibrado e completo sobre “o cavaleiro da esperança”. Lançado pela Companhia das Letras, o livro custa R$ 52,90.
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