A exposição "Trajetórias em Processo 3" está em cartaz na Anita Schwartz Galeria de Arte no Rio de Janeiro. Em sua terceira edição, a mostra apresenta 28 de obras de dez artistas selecionadas pelo curador Guilherme Bueno. Como nas edições anteriores, a ideia da exposição é apresentar trabalhos de artistas "cuja produção encontra-se em um momento decisivo, marcado pela consolidação da maturidade poética". Com diferentes técnicas e suporte, a exposição apresenta pinturas, desenhos, fotografias, objetos, esculturas e instalações, produzidas entre 2010 e 2015 pelos artistas brasileiros Anton Steenbock, Daniel Albuquerque, Daniela Mattos, Lucas Sargentelli, Guilherme Dable, Marina Weffort, Romy Pocztaruck e Thomas Jefferson. Além do russo Fyodor Pavlov e do alemão Andrei Loginov. "Os artistas convidados a participarem da edição de 2015, cada um por um viés próprio, apontam-nos para um feixe — dos inúmeros possíveis — a atravessar a condição atual da arte", explica o curador Guilherme Bueno.
Em “Trajetórias em Processo 3” não há um fio condutor. Para o curador Guilherme Bueno também não há um tema comum entre os trabalhos, a não ser o fato de todos os artistas estarem em um momento profissional semelhante. No entanto, é possível ter algumas leituras acerca das obras.
“Podemos às vezes pensar cruzamentos entre a abordagem de cenários e paisagens pela Romy e a Daniela, mas eles têm caminhos e significados próprios. Em outros casos, refletir sobre a escultura contemporânea nos casos do Daniel, Thomas, Anton e Marina. Contudo, minha ênfase é justamente na diversidade e independência, privilegiando uma visão aberta da produção contemporânea, deixando que, nesse caso, os pontos de contato entre as obras se façam intuitivamente”, diz.
De acordo com Bueno, um aspecto presente em todas as edições é a atenção à pluralidade de linguagens, que privilegia um olhar aberto sobre a arte contemporânea. “Isso nos leva, inclusive, a refletir o quanto, nesse contexto, uma certa dinâmica de heterogeneidade e hibridismo permite, inclusive, que práticas mais atreladas a uma 'historicidade' da arte (como, por exemplo, a pintura e a escultura), para além da assimilação de questões vindas de outros meios, se vejam dispostas a rearticular seus próprios termos”, explica.
Anita Schwartz participa ativamente do cenário artístico brasileiro há 25 anos. Após dirigir três importantes galerias, inaugurou em 1998 a galeria de arte contemporânea que leva seu nome, na cidade do Rio de Janeiro.
Em 2008, a galeria foi transferida para um novo espaço distribuído em três andares. No térreo está o salão principal, planejado para receber mostras de grandes proporções. No segundo andar, uma sala de exposições e um terraço com um container destinado a vídeo-instalações, que comporta 20 espectadores.
Cinema finlandês em cartaz na Caixa Cultural
Apartir da próxima terça-feira, dia 21,“O Cinema de Aki Kaurismäki” entra em cartaz na Caixa Cultural Rio de Janeiro. A mostra conta com 17 longas e nove curta-metragens do diretor e produtor finlandês. Esta é a mais completa retrospectiva já apresentada sobre o cineasta que, junto com seu irmão Mika — com quem fundou a produtora Villealfa —, é responsável por um quinto da produção da indústria cinematográfica da Finlândia.
A programação contará com u m debate no sábado, dia 25, às 18h, tendo como convidados os críticos de cinema Sérgio Alpendre, da Folha de São Paulo, e Gilberto Silva Jr, da Revista Interlúdio, e mediado pelo curador João Juarez Guimarães. O público que for assistir aos filmes poderá também conhecer uma seleção de cartazes originais e fotos de cenas dos filmes de Aki Kaurismäki, pertencentes ao Instituto Finlandês de Cinema, que estarão expostas no saguão do cinema.
Entre os longa-metragens que serão exibidos destacam-se “Contratei um matador profissional”, com o astro francês Jean-Pierre Léaud, e “Os leningrados cowboys vão para a América” , o filme que tornou Aki conhecido internacionalmente e que tem participação especial do cineasta Jim Jarmush no elenco.
ONDE ASSISTIR
- "O Cinema Aki Kaurismäki" fica em cartaz até 2 de agosto na Caixa Cultural Rio. Av. Almirante Barroso, 25, Centro, Rio de Janeiro
Festival Anima Mundi termina no Rio e segue para SP
Terminada a 23ª edição do festival de animação Anima Mundi, no Rio de Janeiro, a equipe segue para São Paulo a partir de hoje, onde se apresentará pela décima quinta vez. Os organizadores do Anima Mundi estimam que mais de 100 mil pessoas tenham participado do evento no Rio, nos seis dias do festival.
Esta será a primeira vez que a edição paulista — na Cinemateca Brasileira e no Cine Caixa Belas Artes — terá a mesma versão exibida no Rio, de forma completa. Lá, também haverá entrega dos prêmios de júri popular, com os votos paulistas e a entrega do Prêmio Publicidade Animada — novidade deste ano.
Os prêmios anunciados no Rio foram de Melhor Direção de Arte foi para o filme brasileiro “Castillo y el Armado” (Foto), de Pedro Harres. Já “Mese (conto)”, de Attila Bertóti, da Hungria, ganhou o prêmio Melhor Roteiro; e o russo “We Cant Live Without Cosmos”, de Konstantin Bronzit, ficou com o prêmio Melhor Técnica de Animação. Com ABr
Festival homenageia Manoel de Barros
A 5ª edição do Festival Literário de Votuporanga (Fliv), que será realizada entre 7 e 15 de agosto na cidade do interior paulista, terá Manoel de Barros como homenageado. Durante os nove dias do evento, a organização espera receber mais de 60 mil pessoas.
Mostra traz documentos inéditos de Truffaut
A exposição “Truffaut – Um Cineasta Apaixonado” já pode ser vista no Museu da Arte e do Som (MIS) de São Paulo. Criada pela Cinemateca Francesa, a mostra reúne mais de 600 itens para contar a trajetória do cineasta, que foi um dos fundadores da nouvelle vague.
Orazio Sciortino estreia na Sala Cecília Meireles
No próximo sábado, dia 25, o pianista italiano Orazio Sciortino se apresentará, a partir das 20h,
dentro da série “Piano Master” da Sala Cecília Meireles, no Rio. O programa contempla compositores como Villa-Lobos, Liszt e Schumann.