Por monica.lima

Ee sempre foi um médio muito bom. Agora, com a cara familiar da Ford, novos acabamentos e versões ganhou acertos interessantes, que pudemos avaliar em primeiríssima mão, em teste de longa distância. Percorremos 700 quilômetros com a versão Titanium 2.0 PowerShift, boa parte deles em uso rodoviário, na Fernão Dias e na via Dutra.

O novo Ford mostrou que não só readequou o discurso estético, mas também melhorou acertos aerodinâmicos e de suspensões, que o fazem ser neutro nas curvas, com ótima distribuição de pesos e direção elétrica direta.

Na abordagem das curvas, principalmente na travada Serra das Araras, o Focus foi além da expectativa, com frenagens justas sobre quatro discos de freios com toda a eletrônica disponível e pouca inclinação de carroceria. A suspensão multilink na traseira faz toda a diferença.

Focus Titanium 2.0 PowerShiftDivulgação

Por dentro, baixo nível de ruído aerodinâmico e de rolagem, o que eleva o conforto. O painel e acabamento são de ótima qualidade e o volante multifuncional simplifica os comandos, todos acessíveis. O interior passa uma sensação de cockpit e instiga quem gosta de dirigir. Quem não gosta de estacionar pode usar o Park Assist e parar em vagas longitudinais ou perpendiculares. É o fim da baliza.

Com mudanças sutis na traseira, como as lanternas um pouco mais estreitas, mas com o mesmo prolongamento lateral da versão anterior, o Focus Titanium 2.0 usa rodas de liga leve aro 17 e tem estepe temporário. Por dentro, oito airbags, tela Sync de 4,2 polegadas e chamada automática de emergência em caso de acidente, quando o telefone está conectado ao carro. Nesta versão experimentamos o sistema de frenagem automática, por sensores, que reduz quando o carro está a até 50 km/h e para o veículo sozinho quando a 20 km/h. As estatísticas apontam que a colisão traseira urbana a baixas velocidades é a maior incidência e, por isso, o sistema consegue reduzir o preço do seguro. Há ainda controles de tração de saída em rampa, além de faróis de xenônio adaptativos, com LEDS diurnos.

Na estrada, em altas velocidades, o motor flex de até 178 cv se mostrou elástico e econômico, ao completar o teste com média de consumo de 9,8 km/litro, sendo 70% deste traçado em estradas. Em um carro de 1.400 quilos, é uma boa marca. O câmbio de dupla embreagem sequencial, com seis marchas, casa perfeitamente com o torque e entrega dinâmica impecável. O porta malas, com 316 litros, fica devendo espaço, mas combina com a proposta do hatch.

Preocupada com o comprador da versão anterior, lançada dois anos atrás, a Ford promete a recompra do usado pela tabela FIPE e desconto de 15% na opção pela nova versão, por donos dos Focus 2014 e 2015. É uma maneira de fidelizar e não irritar os que fazem este ser o hatch médio mais vendido do mercado brasileiro, com boa vantagem sobre o VW Golf e o Chevrolet Cruze. A marca oferece nove opções de cores e as entregas começam em agosto. A versão testada, topo de linha, com teto solar e banco elétrico, custa R$ 96 mil. Salgado para um hatch. Mas dá para comprar com motor 1.6 e câmbio manual por R$ 69 mil.

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