Por leandro.eiro
Rio - O contato do homem com animais domésticos faz bem à saúde, ajuda a lidar com depressão, ansiedade e estresse, e reduz riscos de doenças cardíacas, segundo recente estudo da Associação Americana de Saúde do Coração. Sem falar no prazer que é brincar com o cãozinho ou gatinho de estimação. Mas é importante ter atenção para que esse afeto não se transforme em problema: a esporotricose.
Especialista alerta para contaminação por fungos no contato com animais infectadosReprodução Internet

A doença é uma infecção causada por um fungo que acomete principalmente gatos, mas também cachorros, e pode passar para seres humanos. Tem cura, mas se nada for feito, a esporotricose pode levar o animal à morte. Em 20 anos, a zoonose se tornou endêmica no Rio. Ela se manifesta por lesões na pele e sua transmissão pode ocorrer por meio de materiais contaminados com o fungo. Animais doentes, em especial os gatos, também transmitem a enfermidade, por meio de arranhões, mordidas e contato direto com a pele lesionada.

O Rio tem um dos maiores índices de esporotricose do mundo. Nos últimos dois anos, a Vigilância em Zoonoses da prefeitura relatou um aumento de 400% nos atendimentos a animais com a doença, que causa feridas profundas (úlceras), que não cicatrizam. Geralmente ocorrem na face e membros, locais mais suscetíveis aos arranhões e progridem para o restante do corpo. O cão pode contrair a doença, mas dificilmente a transmite a outros animais. O diagnóstico clínico no caso dos animais deve ser realizado por um médico veterinário.

O homem contrai esporotricose, geralmente, após algum acidente, como uma pancada ou esbarrão, em que a pele entra em contato com algum meio contaminado pelo fungo, bem como arranhões e mordidas de animais que já tenham a doença. Na maioria das vezes, no local do trauma, surge uma lesão avermelhada que pode vir acompanhada de outras lesões enfileiradas. É preciso procurar um dermatologista. A Sociedade Brasileira de Dermatologia do Rio de Janeiro (SBD-RJ) tem em seu site uma cartilha com orientações básicas à população sobre a doença. Se informe!
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Quem assina a coluna é do Dr. Carlos Eduardo, cardiologista