Por O Dia

O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) formalizou cinco novas Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDP) para fabricação de medicamentos para o Sistema Único de Saúde (SUS). A lista inclui produtos para prevenção e tratamento de HIV/Aids, Hepatite C e para evitar rejeição de órgãos transplantados. A economia será de 60% para o Ministério da Saúde em relação aos valores praticados atualmente. Todos os acordos assinados têm duração de cinco anos.

Um dos medicamentos mais aguardados é o sofosbuvir, principal produto contra a Hepatite C, capaz de curar o paciente sem a necessidade de transplante de fígado. O problema, até então, era o preço extremamente alto. O custo da terapia por paciente, que hoje é de R$ 25,6 mil aos cofres públicos, já chegou a R$ 285,5 mil, o que ainda restringe o acesso à medicação.

Segundo o diretor do Instituto, Jorge Souza Mendonça, o preço do tratamento de 84 dias será de cerca de R$ 10 mil graças à iniciativa. "Economia ao Ministério da Saúde significa ampliar o acesso ao medicamento. Além disso, a fabricação desses produtos por Farmanguinhos significa a garantia do abastecimento do SUS. E, consequentemente, do tratamento dos pacientes", avalia.

NO SEGUNDO SEMESTRE

Mendonça estima que a distribuição do sofosbuvir comece a partir do segundo semestre deste ano. "Estamos elaborando o cronograma da transferência de tecnologia. Mas nossa pretensão é otimizar esse processo, para que ele ocorra o mais breve possível", diz.

Outro importante medicamento que será fabricado pela instituição é o antirretroviral composto Emtricitabina Tenofovir, mais conhecido como Truvada.

O medicamento é usado na Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP). As parcerias compreendem ainda dois antivirais para Hepatite C: simeprevir e daclastavir, e o imunossupressor everolimo, usado para evitar a rejeição de órgãos transplantados no corpo humano.

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