O câncer e o tratamento por quimioterapia deixaram de ser sinônimos de depressão, náuseas, queda de cabelo e magreza extrema. Muitas evoluções têm acontecido na oncologia, como as cirurgias robóticas e os novos métodos que transformam e resgatam a esperança dos pacientes. São alternativas que melhoram a autoestima e o bem-estar do paciente, pressupostos fundamentais para o sucesso do tratamento.

Aos 60 anos, Martha da Matta enfrenta seu segundo câncer. Mesmo após a quinta sessão de quimioterapia, ela exibe orgulhosa seus cabelos loiros e muitos sorrisos nas redes sociais. "Não me deixo abater. A doença está aí para combatermos", conta.

O perfil de Martha é bem diferente daqueles que aparecem nas pesquisas onde é grande o percentual de mulheres que deixam o tratamento por causa da queda de cabelo, um dos efeitos mais temidos pelos pacientes. "Minha médica me indicou o tratamento com uma touca que reduz a queda dos cabelos. Para nós, mulheres, isso é muito bom", analisa.

TRATAMENTO PERSONALIZADO

Ela se refere ao sistema de resfriamento do couro cabeludo desenvolvido no Reino Unido. O método consiste no uso de uma touca resfriada antes, durante e depois da quimioterapia. "A possibilidade de prevenir ou minimizar este efeito do tratamento traz uma mudança impactante para o paciente e a maneira como enfrentará a doença", explica o oncologista Gilberto Amorim. Antigamente, os pacientes diagnosticados com câncer recebiam um tratamento padronizado. Com o avanço dos exames, hoje é possível personalizar os tratamentos de acordo com as características de cada paciente.

inca mapeia câncer no país

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 14 milhões de pessoas desenvolvem câncer todos os anos. Em fevereiro, o INCA divulgou um estudo que afirma que 1,2 milhões de brasileiros terão câncer até 2019. Mas o avanço da Medicina e da tecnologia fazem com que o tratamento da doença seja cada vez mais preciso e com menos efeitos colaterais.