Número de jovens fumantes diminui, segundo ONU - Reprodução
Número de jovens fumantes diminui, segundo ONUReprodução
Por RENAN SCHUINDT

Rio - Às vésperas do Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado amanhã, há uma boa notícia: os jovens que ocupam novas vagas no mercado de trabalho estão deixando de fumar. A pesquisa foi feita pela RhMed, empresa especializada em inteligência em saúde. E mostra uma redução de 9,4% no número de fumantes que trabalham em empresas privadas. Segundo o levantamento, a população trabalhadora acima de 25 anos tem 2,4 vezes mais fumantes que a população de 18 a 24 anos. O estudo analisou dados de 92 mil exames ocupacionais de todo o país entre janeiro de 2016 e junho deste ano.

"O mais interessante foi verificar o impacto do tabagismo no nível de estresse e na qualidade do sono dos profissionais. Os dados chamam a atenção para efeitos colaterais não muito debatidos, que são causados diretamente pelo hábito de fumar", diz o Dr. Geraldo Bachega, diretor-médico da RhMed. Ele se refere ao número de fumantes que reportaram estar sob estresse ser 85% maior que o de não-fumantes.

O consumo de tabaco tem diminuído. Entretanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que o número ainda é insuficiente para chegar à meta de reduzir o consumo em 30% até 2025 entre pessoas com 15 anos ou mais.

PREJUÍZOS

De acordo com um relatório da organização, 27% das pessoas fumaram em 2000. Em 2016, o número baixou para 20%. Atualmente, 12% da população brasileira é fumante o equivalente a 21 milhões de pessoas. O consumo de cigarros causa um prejuízo de R$ 57 bilhões ao país a cada ano. Desse total, R$ 39,4 bilhões são com custos médicos diretos e R$ 17,5 bilhões com gastos indiretos decorrentes da perda de produtividade, provocadas por morte prematura ou por incapacitação de trabalhadores.

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