Imunoterapia já tem aprovação da Anvisa para uso em casos de melanoma, câncer de rim e câncer de pulmão - Reprodução de internet
Imunoterapia já tem aprovação da Anvisa para uso em casos de melanoma, câncer de rim e câncer de pulmãoReprodução de internet
Por O Dia

Rio - A imunoterapia foi mais uma vez foi reconhecida como um grande avanço no tratamento do câncer nos últimos anos. Nesta segunda-feira, o Prêmio Nobel de Medicina foi entregue a James P. Allison e Tasuku Honjo, os dois cientistas responsáveis pela descoberta da terapia que permite que o sistema imunológico reconheça e combata as células doentes.

"Por meio de diferentes substâncias que são aplicadas de forma intravenosa ou subcutânea, o método estimula nosso sistema imunológico, fazendo com que o nosso organismo seja capaz de identificar e combater as células tumorais", explica Bernardo Garicochea, especialista em genética do Grupo Oncoclínicas,

O tratamento tem trazido ótimos resultados, principalmente para câncer de pulmão, de bexiga e melanoma, além de estômago e rim. Ainda segundo o especialista, estudos atestam a eficácia no tratamento de Linfoma de Hodgkin e tumores de mama triplo negativo. "Mesmo havendo um longo caminho e muitas variáveis a serem avaliadas no que diz respeito às indicações da imunoterapia, ela pode ser tratada como uma abordagem promissora que pode beneficiar diversos pacientes", ressalta o oncologista.

Apesar dos avanços, ele lembra que é cedo para afirmar que a imunoterapia seria a chave para a cura do câncer. De toda forma, os passos já trilhados são observados com otimismo e lançam boas perspectivas para tratamentos de cânceres metastáticos e que não respondem às medicações convencionalmente indicadas, tais como quimioterápicos e drogas alvo-moleculares.

No Brasil, a imunoterapia tem aprovação da Anvisa para uso em casos de melanoma, câncer de rim e câncer de pulmão e vem sendo oferecido por hospitais privados e instituições públicas que participam de pesquisa clínica em Oncologia.

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