Abril Marrom alerta para os cuidados com a saúde ocular para prevenir a cegueiraReprodução
Por O Dia
Publicado 01/11/2018 18:58 | Atualizado 01/11/2018 19:18

Rio - Um estudo publicado na revista Jama Ophthalmology, apontou que a cirurgia de catarata pode prolongar a vida de mulheres. Os resultados indicam que a remoção da catarata em mulheres mais velhas está associada à redução em 60% do risco de morte, segundo médicos da Universidade da Califórnia (UCLA), onde a pesquisa foi conduzida. 

O trabalho incluiu apenas mulheres diagnosticadas com catarata, comparando as que fizeram cirurgia com as que não fizeram. Foram acompanhadas aproximadamente 73 mil mulheres com 65 anos ou mais. Os pesquisadores avaliaram o risco geral, considerando todas as causas de morte, e o risco para causas específicas, agrupadas em cardiovascular, câncer, neurológica, pulmonar, infecciosa e causas acidentais. Em todos os casos, a cirurgia de catarata reduziu o risco de morte. 

Oftalmologistas envolvidos no estudo avaliam que a visão está associada a uma vida funcional, que inclui tomar medicações, caminhar sem risco de queda, se exercitar, entre outras atividades. “Enxergar mal ou não enxergar pode levar ao isolamento, quando o paciente deixa de dirigir ou até mesmo sair de casa. Para pessoas idosas, que sofrem com a perda da interação social, isso é particularmente ruim. A cirurgia de catarata é transformadora para o paciente, eles voltam a ler, enxergar cores, se deslocar com facilidade”, afirma Gustavo Bonfadini, oftalmologista do Instituto de Oftalmologia do Rio de Janeiro (IORJ).

Benefícios

Do ponto de vista clínico, o estudo atribui uma nova perspectiva à cirurgia de catarata. É comum que os olhos sejam negligenciados quando o paciente está doente. No entanto, oftalmologistas defendem que a visão não deve ser esquecida, mesmo quando o quadro de saúde é grave e o tempo de vida é reduzido. “Os benefícios para o paciente vão desde maior autonomia até poder ver as pessoas que ama. Há ganhos em qualidade de vida, que se refletem em longevidade”, ressalta Bonfadini. Os resultados da pesquisa são importantes não apenas para oftalmologistas, mas para médicos de outras especialidades, para que estejam atentos ao bem-estar geral do paciente.

 

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