Publicado 17/09/2020 16:30
Em uma pesquisa realizada pela empresa global de inovação corporativa, The Bakery, 44% dos entrevistados afirmam estar com dificuldades de dormir depois da chegada da covid-19. O estudo, realizado com mais de 700 brasileiros, ouviu pessoas de diversas faixas etárias e situações profissionais. Ainda de acordo com ela, cerca de 42% ainda destaca o aparecimento de ansiedade causada pelo isolamento.
Enquanto a expectativa era que, com a diminuição do tempo no trânsito e o conforto da casa, as pessoas passassem a dormir mais e melhor, o que foi visto foi o efeito oposto. E a explicação para isso pode ser respondida por meio de um problema específico nesse contexto: a quebra da rotina.
"Nós não sabíamos que iríamos ficar tanto tempo em quarentena. Então, as pessoas resolveram comer as coisas gostosas, comer até mais tarde, emendar a madrugada assistindo série... E aí o ritmo do sono ficou todo atrapalhado. Isso nos dois primeiros meses, mas aí veio o terceiro, as pessoas que estavam em home office dormiam mais tarde, trabalhavam num certo horário e depois iam assistir série e afins. Também percebi que muitas pessoas nesse esquema estão disponíveis mais horas por estarem em seu próprio local. Quando se deitam, o cérebro ainda está trabalhando, não diminuíram o ritmo", esclarece a Dra. Márcia Umbelino, clínica geral, geriatra e ortomolecular.
A médica, que recebe em seu consultório pacientes de todas as idades e faz essa triagem dos problemas relacionados ao sono, explica que é indispensável preparar o espaço para dormir com uma boa luz, se afastar do celular e da internet, além de ter uma alimentação balanceada no horário certo. Tudo isso influencia fortemente a rotina e, consequentemente, o sono.
"As consequências por dormir mal são inúmeras: você pode ter aumento de pressão, pode ter uma maior produção de insulina e ganhar peso, aumento do cortisol, que é um hormônio que dá bastante alteração metabólica quando aumentado, perda da concentração, déficit de atenção, falha de memória... Isso tudo por conta da falta de descanso", lista a especialista.
Mais do que isso, por conta desse ciclo, a falta de sono também pode trazer um outro grande problema: a depressão. "Essa expectativa de um ano perdido também afetou muito a psique das pessoas. Outra questão é o cenário de instabilidade, como perda de emprego e fechamento de empresas. O sistema nervoso, a ansiedade, todo esse contexto mexeu com o corpo e a mente: as pessoas ficaram mais irritadiças porque não estão conseguindo dormir bem, porque estão com problemas financeiro etc. Também podemos listar os abusos domésticos e o aumento de separações como um ciclo de um momento instável", declara a médica.
Para reverter esse quadro, não há como fugir: traçar um horário para dormir e acordar; uma rotina fixa de trabalho; criar um ritual para adormecer e assim, entrar em estado de relaxamento; diminuir o consumo de produtos com cafeína, além de bebidas alcoólicas e alimentos gordurosos. Seja a rotina comportamental ou alimentação, tudo envolve diretamente a qualidade do sono e, consequentemente, o rendimento e a motivação.
Enquanto a expectativa era que, com a diminuição do tempo no trânsito e o conforto da casa, as pessoas passassem a dormir mais e melhor, o que foi visto foi o efeito oposto. E a explicação para isso pode ser respondida por meio de um problema específico nesse contexto: a quebra da rotina.
"Nós não sabíamos que iríamos ficar tanto tempo em quarentena. Então, as pessoas resolveram comer as coisas gostosas, comer até mais tarde, emendar a madrugada assistindo série... E aí o ritmo do sono ficou todo atrapalhado. Isso nos dois primeiros meses, mas aí veio o terceiro, as pessoas que estavam em home office dormiam mais tarde, trabalhavam num certo horário e depois iam assistir série e afins. Também percebi que muitas pessoas nesse esquema estão disponíveis mais horas por estarem em seu próprio local. Quando se deitam, o cérebro ainda está trabalhando, não diminuíram o ritmo", esclarece a Dra. Márcia Umbelino, clínica geral, geriatra e ortomolecular.
A médica, que recebe em seu consultório pacientes de todas as idades e faz essa triagem dos problemas relacionados ao sono, explica que é indispensável preparar o espaço para dormir com uma boa luz, se afastar do celular e da internet, além de ter uma alimentação balanceada no horário certo. Tudo isso influencia fortemente a rotina e, consequentemente, o sono.
"As consequências por dormir mal são inúmeras: você pode ter aumento de pressão, pode ter uma maior produção de insulina e ganhar peso, aumento do cortisol, que é um hormônio que dá bastante alteração metabólica quando aumentado, perda da concentração, déficit de atenção, falha de memória... Isso tudo por conta da falta de descanso", lista a especialista.
Mais do que isso, por conta desse ciclo, a falta de sono também pode trazer um outro grande problema: a depressão. "Essa expectativa de um ano perdido também afetou muito a psique das pessoas. Outra questão é o cenário de instabilidade, como perda de emprego e fechamento de empresas. O sistema nervoso, a ansiedade, todo esse contexto mexeu com o corpo e a mente: as pessoas ficaram mais irritadiças porque não estão conseguindo dormir bem, porque estão com problemas financeiro etc. Também podemos listar os abusos domésticos e o aumento de separações como um ciclo de um momento instável", declara a médica.
Para reverter esse quadro, não há como fugir: traçar um horário para dormir e acordar; uma rotina fixa de trabalho; criar um ritual para adormecer e assim, entrar em estado de relaxamento; diminuir o consumo de produtos com cafeína, além de bebidas alcoólicas e alimentos gordurosos. Seja a rotina comportamental ou alimentação, tudo envolve diretamente a qualidade do sono e, consequentemente, o rendimento e a motivação.
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