Moyses é um dos pacientes desfrutam de uma qualidade de vida melhor - Divulga
Moyses é um dos pacientes desfrutam de uma qualidade de vida melhorDivulga
Por O Dia

Rio - Com a tendência de envelhecimento sendo mantida no país e a marca dos 30 milhões de idosos superada em 2018, o Rio de Janeiro é o estado com a maior proporção de pessoas da terceira idade no Brasil: 18% da população fluminense já passou dos 60 anos. Mas envelhecer não significa perder a qualidade de vida. Nem mesmo para os pacientes renais crônicos, que precisam fazer hemodiálise.

Aos 88 anos, Moyses Leão Struchiner, faça chuva ou faça sol, acorda cedo e se exercita com hidroginástica, inclusive nos dias em que faz diálise. Há 4 anos, quando o cansaço excessivo apontou para a insuficiência renal, o aposentado resistiu a iniciar o tratamento.

"Eu me enganei porque hoje em dia tenho muito mais disposição pra fazer as coisas do que naquela época. Com o tratamento adequado eu melhorei até a convivência com os familiares, brinco com meus bisnetos, vou ao cinema, assisto séries em casa. Estava muito acostumado a ter uma vida ativa, já tinha praticado basquete, vôlei, natação, caminhada. Não tenho motivo pra ficar parado", explica.

O aposentado recebe acompanhamento de segunda a sexta-feira pela equipe multidisciplinar da Clínica de Doenças Renais de Botafogo. Os médicos incentivam que pacientes como ele, que realizam o procedimento corretamente, não deixem de lado a vida social. A nefrologista Ana Beatriz Barra, gerente médica da Fresenius Medical Care, empresa líder mundial em produtos e serviços para diálise, reforça a importância de serem cultivados hábitos saudáveis para o corpo e para a mente.

"É fundamental que os doentes renais façam a hemodiálise, cuidem da alimentação, pratiquem atividades físicas, mas o lazer e o entretenimento também contribuem para o bem estar. Quando os pacientes se mantem ativos, o tratamento se tona muito mais eficaz", garante.

Quem também ensina como viver bem é Marieta Emereciano Soares, de 91 anos. Há uma década a contadora aposentada faz hemodiálise três vezes semana. Para aproveitar o tempo em que fica no leito conectada à máquina, ela traz as lições dos cursos de inglês e francês que frequenta.

"Eu aproveito esse tempo para estudar, reforçar a matéria e o vocabulário que aprendo nas aulas. É que fora daqui, não tenho tempo, ensaio com o trio de música que formo com minha irmã e um amigo. Nós nos apresentamos uma vez por semana e também nas festividades de aniversariantes do mês no clube. Preciso praticar bastante, já que no nosso conjunto, só cantamos músicas em inglês", conta.

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