As infecções fúngicas costumam estar associadas a problemas imunológicos, que diminuem a resistência do organismo - Pixabay
As infecções fúngicas costumam estar associadas a problemas imunológicos, que diminuem a resistência do organismoPixabay
Por iG
As infecções fúngicas podem ser menos comuns que as infecções bacterianas ou virais, mas nem por isso devem ser consideradas inofensivas. Pelo contrário, enfermidades do tipo, como a "doença do pombo" podem ser fatais em até 96% dos casos.

Segundo Arnaldo Lopes Colombo, médico infectologista e professor titular da Universidade Federal de São Paulo, o problema é mais sério em pacientes com algum comprometimento do sistema imunológico.

Diversas doenças, procedimentos e tratamentos podem gerar um quadro que favoreça o desenvolvimento de infecções fúngicas sérias. Alguns exemplos de grupos que se encaixam nesse quadro são:

- Indivíduos com HIV

- Pacientes que passaram por um transplante de órgão ou de medula óssea

- Pessoas que fizeram uma cirurgia abdominal complexa

- Pacientes submetidos a quimioterapia

- Indivíduos em tratamento com corticoides e/ou antibióticos de amplo espectro

E, embora esses grupos exijam cuidado redobrado contra doenças causadas por fungos , Arnaldo lembra que "a alta mortalidade quando o tratamento não é adequado e o potencial de trazer danos irreparáveis aos pacientes tornam o alerta para a existência dessas infecções necessário". Como exemplos especialmente perigosos de doenças fúngicas , o infectologista cita a aspergilose, uma das doenças do tipo mais comuns em ambiente hospitalar, e a mucormicose, patologia que figura em 0,6 casos a cada 100 mil pacientes.

"Ambas as doenças são consideradas condições debilitantes. O protocolo de tratamento existente hoje compreende medicamentos fúngicos e até mesmo a remoção cirúrgica dos tecidos comprometidos", observa Arnaldo.

O que fazer contra as infecções fúngicas

O diagnóstico precoce e preciso é essencial para combater as infecções fúngicas e evitar sequelas graves. Dito isso, a melhor forma de evitar as sequelas das doenças causadas por fungos é um diagnóstico rápido e um tratamento eficaz. "O quanto antes os médicos cogitarem a possibilidade de uma infecção fúngica, melhor", afirma o infectologista.

No caso das doenças fúngicas citadas por ele, por exemplo, o diagnóstico e tratamento precoces podem evitar que o fungo alcance, por meio da corrente sanguínea, órgãos como o cérebro, o coração, o fígado ou os rins.

Portanto, se um tratamento com antibióticos ou outros medicamentos não funcionar contra seu problema, procure o médico novamente para tentar obter um diagnóstico definitivo e evitar os problemas trazidos pelas infecções fúngicas.