Pandemia alterou rotinas dos pacientes com aumento de ingestão de alimentos e redução da prática de atividades de físicas - AgÊncia Brasil
Pandemia alterou rotinas dos pacientes com aumento de ingestão de alimentos e redução da prática de atividades de físicasAgÊncia Brasil
Por O Dia
Rio - O aumento dos casos de diabetes no mundo reforçam a importância do Dia Mundial de Diabetes, 14 de novembro, para cuidados com a doença. Hoje, mais de 13 milhões de brasileiros convivem com a doença. O número, equivalente a 6,9% da população do país, alerta para a importância do devido acompanhamento da condição.
A diabetes é uma doença autoimune, ou seja, não há possibilidade de cura, e é caracterizada pela ausência ou deficiência na produção de insulina pelo corpo. O caso de ausência, ou tipo 1, acomete principalmente crianças, adolescentes e idosos. Já o tipo 2 afeta geralmente pessoas com idade mais avançada que desenvolveram alguma deficiência no processo de produção da insulina. O hormônio é responsável por transportar glicose para dentro das células e, portanto, importante para manter o funcionamento do corpo humano.
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"Quando o paciente desconfia que tem sintomas de diabetes descontrolados, como excesso de fome e sede, acorda durante a noite para urinar ou muita perda de peso sem nenhuma causa aparente, ela deve procurar imediatamente atendimento médico", explicou Gabriel Calabria, endocrinologista e clínico geral. O tratamento da diabetes deve ser individualizado com acompanhamento de nutricionista e endocrinologista para avaliar as especificidades de cada paciente.
O tratamento muda de acordo com o tipo da doença. Para diabetes tipo 1, o cuidado deve ser contínuo por meio de insulinoterapia, as conhecidas injeções do hormônio. O tratamento pode ser ação prolongada, com duração de 12 horas, ou ação imediata, que age entre 15 e 30 minutos. Para diabéticos tipo 2, o mais recomendado é a medicação oral, mas também podem ser empregadas injeções de insulina. Medicações para os dois tipos de diabetes estão disponíveis gratuitamente no Sistema Único de Saúde.
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Com tratamento adequado, o paciente pode viver com saúde, mas a negligência com a insulina pode trazer graves consequências. Dentre os efeitos colaterais observados, Calabria cita cegueira, insuficiência renal, osteoporose e, o mais conhecido, a amputação de membros.
Heroína e vilã dos diabéticos
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O tratamento com insulina é o mais recomendado para o tratamento da doença, e as famosas injeções já viraram cotidiano para os diabéticos. Entretanto, se utilizadas em excesso, a medicação pode causar uma condição preocupante para os portadores da doença: a hipoglicemia.
A condição ocorre quando o nível de glicose no sangue está abaixo de 70, e pode ser identificada por tremores, dores de cabeça, náuseas, palpitações e sonolência. Nesses casos, Calabria recomenda medidas caseiras para remediar, dentre elas, meia garrafa de Coca-Cola normal, três balas macias ou três sachês de mel. O processo deve ser repetido por, no máximo, três vezes, e o nível de glicose deve ser checada pelo glicosímetro, aparelho imprescindível para o diabético. Caso persista, deve procurar a emergência mais próxima.