“As gotículas expelidas com o vírus quando uma pessoa doente tosse ou fala, entram através da boca e do nariz, mas também dos olhos”, explica o oftalmologista Bruno Fontes, diretor das clínicas Lúmmen Oftalmologia (que fazem parte do Grupo Opty, o maior de oftalmologia da América Latina) e presidente eleito da Associação Brasileira de Catarata & Cirurgia Refrativa.
A conjuntivite é a inflamação da membrana transparente e fina que recobre a parte branca do olho (conjuntiva). E os principais sintomas dessa doença - que pode ser transmitida por vírus ou bactéria, alergia ou substâncias tóxicas – são vermelhidão, coceira, sensação de areia, ardência nos olhos, lacrimejamento e sensibilidade à luz. “Não se automedique. A suspeita de conjuntivite não significa que a pessoa está infectada pelo novo coronavírus, mas é essencial uma avaliação oftalmológica. Fique atento se houver queixas de febre, tosse, dificuldade para respirar e dores no corpo”, afirma Fontes. “Evite coçar os olhos, não compartilhe estojos de maquiagem, toalhas, travesseiros e outros objetos de uso pessoal. Siga à risca as orientações do seu médico”, acrescenta o especialista.
Seja qual for a causa da conjuntivite, é preciso consultar um oftalmologista, pois cada paciente precisa de um tratamento específico. Se for bacteriana, o médico poderá receitar o uso de colírios antibióticos. A conjuntivite não tratada corretamente pode produzir úlcera e até cicatrizes na córnea, além de causar outros danos possivelmente graves com repercussão na visão.
Durante a pandemia pelo COVID-19, as pessoas que usam óculos, lentes de contato e pacientes com alguma outra doença ocular (esses podem precisar usar óculos de segurança e fazer um estoque de medicamentos) devem ter atenção redobrada com a limpeza das lentes e das mãos. A principal recomendação é lavar as mãos com água e sabão com maior frequência e evitar levá-las aos olhos. O álcool em gel é outra opção de limpeza, mas a substância em contato com os olhos pode causar irritação.