Especialistas falam sobre manifestações psicossomáticas por conta do isolamento socialDivulgação
Por O Dia
Publicado 19/04/2020 19:33 | Atualizado 19/04/2020 19:39
Volta Redonda - Profissionais ligados à área da psicologia, com zelo e cuidado tecem olhares de compreensão nos diferentes comportamentos das pessoas diante da crise da pandemia Covid-19. O psicólogo, Kevin Drumond, com habilidade pontuou aspectos ligados aos limites e possibilidades de cada pessoa.

“Em tempos como esses, é normal e esperado que as pessoas tenham dificuldades para fazer as coisas ou não. É preciso tomar cuidado com a questão da proatividade, pois isso pode atrapalhar mais se não for bem trabalhada”, ponderou Kevin.

A reportagem abordou com o psicólogo os dados da matéria produzida sobre o percentual de 40% de participação dos alunos do Movimento Ética na Política (MEP) de Volta Redonda, nas aulas no sistema EaD.

“Essa é a questão: não há coisas que podem ajudar no geral. Existem atitudes que podem ajudar pessoa X, mas atrapalhar pessoa Y. Exemplo: estudar mais pode ser bom, mas ruim também. Não é algo exato. O que poderia ajudar no geral é: cada pessoa se respeitar, sabendo seus limites e suas possibilidades”, sinalizou o psicólogo.

Já o professor e psicólogo do Pré Vestibular Cidadão do MEP, Diego Almeida, segue a mesma linha, porém sugere alguns indicadores diante das manifestações psicossomáticas.

“Diante da ansiedade provocada pelo isolamento é bom ter em mente que a rotina deve continuar no mesmo horário de costume, continuar estudando no mesmo horário e o período ocioso deve ser preenchido com leituras, trabalhos manuais ou lúdicos, e sempre estabelecendo contatos com as pessoas”, sugeriu.

O psicólogo Diego Almeida ainda mostrou preocupação com o rebaixamento e relaxamento dos cuidados .

“Diante das movimentações nas ruas preocupa-me o quadro atual da pandemia no rebaixamento dos cuidados. É visível o aumento de pessoas nas ruas, e isto é preocupante, pois contraria as normas da OMS diante da necessidade do isolamento” ressaltou o psicólogo.

“A diminuição do cuidado (esquecemos a máscara, passar álcool em gel, tirar a roupa assim que chega em casa) não pode ser desdenhada. Cuidar-se e cuidar”, aconselhou Diego Almeida.

A psicopedagoga e membro da equipe pedagógica do MEP, Monique Sudário, apontou a importância do estar em contato com as pessoas de diferentes formas.

“É recomendável que não fiquemos só diante das manifestações de ansiedades, que podem aflorar devido ao isolamento. Dialogar mais com as pessoas amigos, familiares, solidarizar-se, coisas assim eleva-nos”, indicou Monique que ainda acrescentou.

“O momento é delicado. A realidade mudou muito rapidamente e tudo é muito novo. Vamos exercitar no esforço a resiliência”, recomendou a psicopedagoga.