Mas mesmo com uma utilização pequena por moradores da cidade, Volta Redonda terá que pagar uma conta milionária do Hospital Regional. O prejuízo deverá ser de mais de R$ 10 milhões por conta da desapropriação para construção da unidade.
A Prefeitura de Volta Redonda é ré em dois processos judiciais em ações de desapropriação para construção do Hospital Regional e do CRIAM (atual Degase). Tratam-se dos processos 0016210-11.2009.8.19.0066 e 0016212-78.2009.8.19.0066.
A Justiça em Volta Redonda determinou que um perito, o engenheiro Pedro Ermídio, fizesse o levantamento correto do valor dos terrenos. Os valores levantados dentro do processo foram de R$ 5.189.568,00 e R$ 5.661.315,00. O processo ainda segue na Justiça.
A reportagem procurou o prefeito Samuca Silva que confirmou que os valores já chegam a mais de R$ 10 milhões somente pela desapropriação dos terrenos para construção da unidade.
“Esse é um dos casos de desapropriação com valores inferiores que depois, na Justiça, eram muito maiores e faz com que a dívida da prefeitura seja muito grande. Essa prática era muito comum na prefeitura. Mas conseguimos mudar isso. Mas infelizmente essas práticas contribuíram para que a cidade tenha uma dívida de mais de R$ 1,5 bilhão”, disse o prefeito.
Samuca Silva ainda revelou que através de órgãos de controle interno, a prefeitura abriu Tomada de Conta para apurar gastos do município na construção do Hospital Regional.
“Essa Tomada de Contas continua e já identificamos alguns repasses irregulares feitos ao governo do Estado como contrapartida. Estamos esperando esse resultado para entrar na Justiça visando que o erário público seja ressarcido e os responsáveis penalizados”, comentou.